Sou do tipo de cara que viveu na época em que
inverno era inverno. Inverno é aquela chuva bacana, aquele vento feito navalha,
inverno afinal de contas é período de frio. Não quero tanto frio, temperaturas
de 01 dígito eu já fico satisfeito. Essa coisa de aquecimento global nunca
desceu a goela, é difícil aceitar mudanças climáticas assim. Nem entro no
mérito religioso da coisa, pois se fosse para entrar nesse papo, Tio Peter,
Pedrão que se julga São até no nome... ‘dai ao inverno o que é do inverno!’
Tudo isso para dizer que nesse período de transição com a primavera encaramos
uma caminhada no Parque Germânia, pouco depois do meio dia e 30 graus já tinha
sido superado há muito. Resolvemos chutar o balde desse calor e conhecer o Vermelho Grill:
ao menos ali dentro é bem diferente do calor da rua, no Vermelho Grill a satisfação é
garantida!
De cara observamos um ambiente estilo mais
campeiro, fica claro pela arquitetura do local...
Também é importante ressaltar que quem fica na
espera tem seu valor, com pequenos sofás na entrada...
Ou ainda, uma área que não sei se é de espera ou
para ambiente mais reservado, com adega em vários lados... é muito tentador, é
muito amor!
Só não fiquei do lado de fora, pois o ar
condicionado estava na medida, mas essa visão, de enquanto a comida não chega,
pegar uma mesa com uma rede preguiçosa para deitar... Vermelho Grill, tão genial!
Até observei uma área mais reclusa, para um
andar abaixo, quem sabe porão... não sei
o que se encontra lá, fica da curiosidade de cada leitor!
Mas droga, eu quero é comer!
Chegamos e depois de alguns poucos minutos um
garçom atencioso (qual o nome Luciana, anotamos o nome? No, sorry!) chegou com o couvert. Agora o detalhe: antes de colocar
em nossa mesa o couvert, nos olhou e de forma educada perguntou: vocês
gostariam do couvert? Isso faz toda a diferença, do que simplesmente você
sentar e já colocarem em sua mesa, ou nem sentar e já existir um couvert ali
(adoro vocês Al Dente, massa top de linha, agora o couvert foi assim em todas as
vezes que visitamos a casa).
Um pãozinho na medida, com manteiga, pasta de
alho e berinjela...
Mais uns pãezinhos especiais... ótimos, mas o
que conquistou a Luciana foram os waffles, segundo ela os melhores que já
provou na vida (e sim, ela já provou muita coisa)...
E tcha-ran! Salada verde bem servida e com toque
agridoce, um pouco de mel com mostarda... melhor começo de refeição em meses de
Cinéfilos
Famintos!
Passada essa parte (com satisfação plena), fomos
ao principal... vamos lá olhar as variedades do cardápio (capa estilosa por
sinal).
Cardápio que descreve cada um dos pratos, cada
uma das carnes com frases inspiradas e indicando qual é digna de vir bem
passada, ao ponto, mal passada... tudo muito bom!
Bom, vamos arrancar com linguiça calabresa
fininha? Não sei se preciso falar mais do que a própria foto mostra...
Vinha acompanhada de farofinha e purê de
mandioca...
A farofa tava bem... farofa (não tenho muito
mais o que dizer sobre farofa, caros leitores, apenas que gosto muito dessa
farofada com carne, com frango, com arroz... só não na praia, pois na praia
lembra areia, que lembra mar, que lembra o calor e se lembra ele, apenas digo
que se isso fosse bom não existiria a expressão “calor dos infernos”... um
abraço ao amigo @Gugaleso !), agora o purê de mandioca... aquele que desliza da
colher e tudo mais? Era esse aqui, muy cremoso, muy delicioso!
Em meio a isso a Luciana achou tempo (e boa
vontade, pois para deixar de almoçar e sair tirando fotos, meus parabéns a ela)
para tirar foto dessa mesa cheia de legumes, talvez já pensando na próxima vez,
em pedi-los em uma bandeja, bem assados... na próxima vez, assim pediremos!
Para acompanhar a linguiça, pedimos bife de
chorizo...
Gordura e carne macia, na medida!
E maminha... suculência é o que melhor define
esse nosso pedido!
No começo, até perguntamos para o garçom se
tinha embalagem para levar, havendo sobras. A resposta foi afirmativa. Deve ter
sido o clima, esse calor do cão, tudo isso deve ter influenciado em nosso
espírito furioso, pois pensamos: não, não irá sobrar nada, não somos fracos... e
assim o fizemos!
E mais, não queria ficar só na carne, só no
salgado, precisava adocicar esse almoço espetacular... vamos com aquele doce
clássico e que faltava entrar aqui no Cinéfilos Famintos: Petit Gateau...e Petit
Gateau dos clássicos, embora houvesse a versão Petit Gateau com banana... variedade
não falta nem na sobremesa!
E chegou o Petit Gateau... muito bem servido, uma porção,
duas colheres, pois sabem como são as coisas, precisamos emagrecer diminuir
os custos!
Faltou só um waffle agora, para passar no prato
e deixar ele limpo... fica para uma próxima?
No fim, a conta ficou em pouco mais de 112 reais. Para
um almoço desses bem confortáveis e de satisfação garantida do início ao fim, o
que resta é pensar em quando irei retornar para provar novamente os sabores do Vermelho
Grill... espero que logo e de preferência com frio, vento e chuva,
pois lá fomos embora de novo com calor e tudo mais pelas bandas do Parque
Germânia... o Vermelho
Grill merece esse esforço!
1996 quase não fui ao cinema. Ainda ia pouco,
enfim... mas um dos filmes que fui olhar valeu muito a pena, meu pai me
convidou para irmos ver o novo filmes de Al Pacino e Robert de Niro, dois
monstros sagrados do cinema e, até aquele momento, donos de carreira
praticamente irrepreensíveis. Você falava: filme com De Niro? Filmaço. Al
Pacino no elenco? Obra acima da média, sempre! E felizmente aqui é o caso: Fogo Contra
Fogo, um dos melhores filmes da carreira de Michael Mann, se
é que não o melhor. Fogo Contra Fogo é o filme em questão.
Muito na época se falou sobre o encontro dos
dois atores supracitados, se a cena foi realizada com os dois atores lado a
lado, se ela foi filmada de forma separada, entre outros papos da época. Mas
muito mais que o tal encontro, o longa é um puta filme policial, de suspense,
com momentos de ação (lembro claramente das balas voando para todos os lados em
uma das cenas mais arrebatadores do filme, lembro-me de ter ficado muito
impressionado com as imagens e com o som do cinema exibindo tudo isso, mas mais
do que isso, não fiquei atordoado nem nada com o filme. Pouco menos de 3 anos
depois fui assistir a Armageddon e todas aquelas imagens, barulhos e similares
me deixando com os ouvidos zunindo, com a mente em frangalhos, nada para dor de
cabeça resolvia aquilo, inferno!), com elenco de apoio muito bem em cena
(Natalie Portman nem tinha completado a maioridade nesse filme e céus, que
presença em cena SUA LINDA!)... que filme, que orgulho de ter visto essa obra
em um cinema lotado, em uma época que as pessoas até trocavam ideias no cinema
mas de maneira discreta, de forma educada e sem querer atrapalhar a sessão do
outro (ok, admito que a sessão teve conversa sim, pois lá pelas tantas até meu
pai trocava umas ideias comigo, embalado pelos papos das poltronas de trás e da
frente... que lixo isso, comecei elogiando o pessoal dos anos 90 para finalizar
dizendo que eram uns irresponsáveis e nisso me incluo!)... que filme.
Fogo Contra Fogo é
assim, um excelente filme policial, com bons diálogos, tomadas aéreas
sensacionais (tão Michael Mann, tão excelente, principalmente se visto nos
cinemas) e assim por diante... preciso urgentemente rever esse filme!
Av. Veríssimo do Amaral, 37 – Jardim Europa –
Porto Alegre/RS
Fone: (51) 3333 0253
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