Nessas
de conhecer locais que sempre passo na frente, existia um que era muito fato
ouvir falar bem, de crianças indo e retornando quando já adultos, de pessoas
que passavam no local para encontrar colegas de faculdade e assim por diante...
mas nunca tinha ido nesse determinado lugar... pois tomei vergonha e fui.
Simples
e direto ao ponto. Assim poderia definir o Prinz Bar. Localizado ali na Protásio (Av.
Protásio Alves, para os de fora da capital dos gaúchos), o local de fora parece
ser fuleiro, escondido... mas quem precisa de uma fachada gigantesca, cheio de neon
se o que importa é o resultado que está lá dentro? No interior é que os caras
matam a pau.
Mas
como em toda boa casa que se preze, é necessário divulgar o local e lá no fundo
tem uma TV, que só fica exibindo propagandas do restaurante, exibindo seu
sanduíche aberto e outros pratos.
Dessa
vez fomos decididos e chegamos bem cedo (entre 18h10 e 18h20, se um lugar é dos
bons, ele abre cedo... toca aqui Prinz!) e com a tarefa de comer bem, para
variar. A ideia inicial era tocar um sanduíche aberto de lombo e mais um filé
de nata recheado. A Luciana, que acho que está em fase de dieta, disse que não
estava naqueles dias de comer como se não houvesse amanhã, e disse para
pensarmos duas vezes... ok, pularemos o sanduíche aberto. Pedimos o filé recheado ao
molho de nata e... acompanha arroz? Não. Tem arroz no cardápio? Não.
Sim, até nisso a casa tem sua originalidade... provavelmente consultada por
alguma nutricionista (nutricionista? Aham, vai nessa vai...te liga bico de
luz!) que arroz com batata não funciona legal, aquela história de carboidratos
em excesso, tem que pedir ou um, ou outro (nem fritas tem, tem outras batatas,
mas ‘las fritas: persona no grata no Prinz’)... vamos de salada de maionese da casa.
Antes
disso, até pensei em ir no chopp da Brahma (R$ 6,20, 380 ml), mas fica para uma
próxima, vamos ser mais tradicionais...
O
cardápio é resumido em 2 páginas e era isso, sem enrolação.
Um
aviso importante aos desavisados, e que a mim agradou, muito:
E
chegaram os pedidos:
A
mostarda super forte, eu mal toquei com o garfo e provei e já provocou uma reação
de imediato, olhos praticamente marejados. A Luciana foi além, provou um pouco
mais e disse que vários minutos depois ainda estava com o gosto da mostarda
porreta na boca:
A
salada era bem saborosa, mas singular, nunca vi uma salada de maionese que
chega morna (sim, estava morninha) e com o passar do tempo é que foi
esfriando... bom, se alguém falar que isso faz mal a saúde, que essa salada não
presta... comi ela e não morri nem baixei hospital, um beijo. A Luciana também
está inteirinha, não passou mal nem nada, mais um beijo para os agourentos de
plantão. Um beijo e vai um abraço.
Agora
o filé é um caso a parte, um filé que tu corta com colher é sempre digno de
elogios. Além disso, muito bem recheado, nata por todos os lados, quente e
saboroso.
No
detalhe o filé:
Muita nata, e o que é melhor...
Recheio é o que não falta, um close para ver o naipe da coisa.
E
lembram da mostarda? Então, ela era tão, mas tão forte, que ela foi parar no
cantinho da mesa... rsrsrs
Confesso,
pegamos leve e pedi para embalar a sobra, garantir uma parte do meu almoço do
dia seguinte.
A
Luciana descobriu esse outro ambiente quando foi ao toalete. Só não tirou mais
fotos porque tinha gente jantando ali e não quis incomodar... ok, com esse
ambiente e mais uma ou outra janela retiro a ideia de bunker... mas que é um
restaurante/bar fechadinho, ahh, isso é, e é dos melhores!
Pedimos
a conta. Pagamos
com uma garoupa e uma garça. O troco veio de forma clássica, em um pratinho com
dois Micos-Leões Dourados e mais umas moedas, preço mais do que justo
por esse começo de noite. Nem 19h30 já tinha ido para casa seguir minha leitura
do “Conversas com Scorsese” e já pensando que foi a primeira de muitas vezes
que irei ao Prinz, um restaurante
com mais de 45 anos de existência. Possivelmente para um sanduíche aberto, chopp
da Brahma, salada quente... espero que não demore esse retorno.
E
curioso, alguns filmes despretensiosos, até considerados ‘paradões’ despertam
uma simpatia ímpar na gente. Já tinha lido a respeito de uma obra, mas nunca
encontrei em DVD, muito menos blu-ray. A única alternativa foi o download. E lá
fui assistir ao Temporada de Patos,
uma grata surpresa.
Primeiro
filme do diretor Fernando Eimbcke, o longa acompanha o dia de dois amigos
pré-adolescentes (ou em transição, saindo da fase criança para algo a seguir,
na puberdade, entendam como quiserem), quando a mãe de um deles sai para
trabalhar e deixa eles sozinhos em casa. Parece ser o dia perfeito, coca-cola 2
litros, Playstation, futebol, curtição... mas falta luz e o tédio começa. E
depois aparece um entregador de pizza, uma vizinha adolescente querendo fazer
um bolo... ao menos todos se encontram e começam a compartilhar suas vidas,
seus anseios, suas aflições, frustrações e outros. Além disso, é muito natural
observarmos as descobertas e como encaram certas situações os dois amigos, um
com surpresa e perplexidade diante de determinado fato, outro indiferente e
pensando no nada...ou em tudo, na vida ou na morte, não importa. O fato é que
Temporada de Patos é uma obra de qualidade do cinema mexicano, e que novamente
surpreende por tratar de forma simples, mas eficiente, um dia em que tudo tinha
para ser espetacular e acabou mudando completamente as expectativas daquelas
pessoas.
P.S.:
A Luciana, para variar um pouco, não achou o filme tudo isso, mas enfim... ninguém
é perfeito não é mesmo...rs
Prinz
Bar
Av.
Protásio Alves, 3208 - Petrópolis – Porto Alegre/RS
Fone:
(51) 3383 0675
Nenhum comentário:
Postar um comentário