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19/06/2012

Da maionese morninha ao filé recheado: Prinz Bar é confirmado!



Nessas de conhecer locais que sempre passo na frente, existia um que era muito fato ouvir falar bem, de crianças indo e retornando quando já adultos, de pessoas que passavam no local para encontrar colegas de faculdade e assim por diante... mas nunca tinha ido nesse determinado lugar... pois tomei vergonha e fui.

Simples e direto ao ponto. Assim poderia definir o Prinz Bar. Localizado ali na Protásio (Av. Protásio Alves, para os de fora da capital dos gaúchos), o local de fora parece ser fuleiro, escondido... mas quem precisa de uma fachada gigantesca, cheio de neon se o que importa é o resultado que está lá dentro? No interior é que os caras matam a pau.

Como eu disse, é um ambiente simples, das antigas até. Pouca janela, teto baixo, você parece estar confinado em um bunker, só que no andar térreo.


Mas como em toda boa casa que se preze, é necessário divulgar o local e lá no fundo tem uma TV, que só fica exibindo propagandas do restaurante, exibindo seu sanduíche aberto e outros pratos.


Dessa vez fomos decididos e chegamos bem cedo (entre 18h10 e 18h20, se um lugar é dos bons, ele abre cedo... toca aqui Prinz!) e com a tarefa de comer bem, para variar. A ideia inicial era tocar um sanduíche aberto de lombo e mais um filé de nata recheado. A Luciana, que acho que está em fase de dieta, disse que não estava naqueles dias de comer como se não houvesse amanhã, e disse para pensarmos duas vezes... ok, pularemos o sanduíche aberto. Pedimos o filé recheado ao molho de nata e... acompanha arroz? Não. Tem arroz no cardápio? Não. Sim, até nisso a casa tem sua originalidade... provavelmente consultada por alguma nutricionista (nutricionista? Aham, vai nessa vai...te liga bico de luz!) que arroz com batata não funciona legal, aquela história de carboidratos em excesso, tem que pedir ou um, ou outro (nem fritas tem, tem outras batatas, mas ‘las fritas: persona no grata no Prinz’)... vamos de salada de maionese da casa.

Antes disso, até pensei em ir no chopp da Brahma (R$ 6,20, 380 ml), mas fica para uma próxima, vamos ser mais tradicionais...


O cardápio é resumido em 2 páginas e era isso, sem enrolação.



Um aviso importante aos desavisados, e que a mim agradou, muito:


E chegaram os pedidos:


A mostarda super forte, eu mal toquei com o garfo e provei e já provocou uma reação de imediato, olhos praticamente marejados. A Luciana foi além, provou um pouco mais e disse que vários minutos depois ainda estava com o gosto da mostarda porreta na boca:


A salada era bem saborosa, mas singular, nunca vi uma salada de maionese que chega morna (sim, estava morninha) e com o passar do tempo é que foi esfriando... bom, se alguém falar que isso faz mal a saúde, que essa salada não presta... comi ela e não morri nem baixei hospital, um beijo. A Luciana também está inteirinha, não passou mal nem nada, mais um beijo para os agourentos de plantão. Um beijo e vai um abraço.


Agora o filé é um caso a parte, um filé que tu corta com colher é sempre digno de elogios. Além disso, muito bem recheado, nata por todos os lados, quente e saboroso.


No detalhe o filé:


Muita nata, e o que é melhor...


Recheio é o que não falta, um close para ver o naipe da coisa.


E lembram da mostarda? Então, ela era tão, mas tão forte, que ela foi parar no cantinho da mesa... rsrsrs


Confesso, pegamos leve e pedi para embalar a sobra, garantir uma parte do meu almoço do dia seguinte.



A Luciana descobriu esse outro ambiente quando foi ao toalete. Só não tirou mais fotos porque tinha gente jantando ali e não quis incomodar... ok, com esse ambiente e mais uma ou outra janela retiro a ideia de bunker... mas que é um restaurante/bar fechadinho, ahh, isso é, e é dos melhores!


Pedimos a conta. Pagamos com uma garoupa e uma garça. O troco veio de forma clássica, em um pratinho com dois Micos-Leões Dourados e mais umas moedas, preço mais do que justo por esse começo de noite. Nem 19h30 já tinha ido para casa seguir minha leitura do “Conversas com Scorsese” e já pensando que foi a primeira de muitas vezes que irei ao Prinz, um restaurante com mais de 45 anos de existência. Possivelmente para um sanduíche aberto, chopp da Brahma, salada quente... espero que não demore esse retorno.    


E curioso, alguns filmes despretensiosos, até considerados ‘paradões’ despertam uma simpatia ímpar na gente. Já tinha lido a respeito de uma obra, mas nunca encontrei em DVD, muito menos blu-ray. A única alternativa foi o download. E lá fui assistir ao Temporada de Patos, uma grata surpresa.


Primeiro filme do diretor Fernando Eimbcke, o longa acompanha o dia de dois amigos pré-adolescentes (ou em transição, saindo da fase criança para algo a seguir, na puberdade, entendam como quiserem), quando a mãe de um deles sai para trabalhar e deixa eles sozinhos em casa. Parece ser o dia perfeito, coca-cola 2 litros, Playstation, futebol, curtição... mas falta luz e o tédio começa. E depois aparece um entregador de pizza, uma vizinha adolescente querendo fazer um bolo... ao menos todos se encontram e começam a compartilhar suas vidas, seus anseios, suas aflições, frustrações e outros. Além disso, é muito natural observarmos as descobertas e como encaram certas situações os dois amigos, um com surpresa e perplexidade diante de determinado fato, outro indiferente e pensando no nada...ou em tudo, na vida ou na morte, não importa. O fato é que Temporada de Patos é uma obra de qualidade do cinema mexicano, e que novamente surpreende por tratar de forma simples, mas eficiente, um dia em que tudo tinha para ser espetacular e acabou mudando completamente as expectativas daquelas pessoas.


P.S.: A Luciana, para variar um pouco, não achou o filme tudo isso, mas enfim... ninguém é perfeito não é mesmo...rs


Prinz Bar
Av. Protásio Alves, 3208 - Petrópolis – Porto Alegre/RS
Fone: (51) 3383 0675

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