Não
sou de beber muito cerveja, nunca foi meu forte. Vai ver porque sou mais de
refrigerantes, de Coca, vinhos Pinot Noir, não sei... cerveja nunca foi a
primeira opção. Mas quando é preciso tomar uma ceva, procuro sabores
diferentes, rótulos nem tão conhecidos, etc. Não interessa o preço, a
experiência de um sabor diferenciado muitas vezes acaba compensando o risco de
se dar mal. E a experiência do Bier Markt, do proprietário Pedro Braga, foi
bem agradável, muito agradável. Precisava repetir a dose, ainda mais sabendo da
filial que tem ali no Moinhos de Vento. Depois de meses, o erro foi
corrigido... e olha, devo confessar que sou mais o Bier Markt Vom Fass ali do
Moinhos do que o do Rio Branco, mesmo que ambos sejam de qualidade acima da
média.
De
fato já notamos que ele tem um ambiente mais iluminado, mais convidativo para
um happy hour, com mesas quase que ao ar livre, etc.
O
ambiente não é tão estiloso, mas ainda é muito agradável.
O cardápio
é vasto, é muito chopp, é muita cerveja!
E é
claro, muitos pratos e petiscos para escolher.
Dessa
vez não queria pedir apenas uma cerveja, e sim alguns chopps... ainda mais com
as variáveis 24 torneiras disponíveis, a maior quantidade da América Latina,
reza a lenda!
No
detalhe, as fabulosas!
De
cara fomos sendo atendidos pelo garçom Tales, muito prestativo e calmo nas
explicações dos chopps.
Antes
de começar os trabalhos, um aviso: se você é pedante, fica bêbado e faz fiasco,
não sabe ler a placa que tem na entrada do local que pede silêncio e diz a hora
que o local fecha...
Se
ainda assim você ignora isso tudo bem, o local te dá uma chance de ver um outro
aviso, do horário que funciona a copa...
Se
ainda assim você é do tipo que faz escândalo, que o local fechou a copa e não
me avisou (não basta a mensagem no cardápio mané, não basta não abobadinho da
enchente?), você pode parar por aqui e ir infernizar outro
estabelecimento/site. Os Cinéfilos Famintos agradecem.
Agora
se você seguiu lendo aviso após aviso, seguimos adiante. De aperitivo,
resolvemos encarar bolinhos de bacalhau, com matéria-prima vinda direto
de Portugal... os tempos de bolinhos de bacalhau azedos e gordurentos, que
causavam mal-estar, esses tempos fazem parte do passado do Cinéfilos Famintos, estamos
conhecendo locais ótimos que servem esse petisco... Bier Markt, toca aqui!
Sequinho,
ótimo, na medida...
De
acompanhamento, fui de Abadessa Helles, suave, gelada, bem servida...
só elogios.
A
Luciana segue sua busca de cervejas/chopps com aromas que lembrem chocolate ou
café, mas foi de American Staut, convidada da casa na ocasião, de aroma encorpado
e presente do primeiro ao último gole.
Nisso,
já estava pensando em qual nova rodada seria ideal ou próximo do ideal para
harmonizar com o prato principal. Enquanto isso ficava escutando alguma rádio
internacional das melhores, só clássicos tocando e música da boa... SKY FM, é o que diz o Tales... tá falado
então, enquanto isso a Luciana vai lá tirando mais fotos, tipo do elefante... rsss
Ou
essa geladeira das boas!
E
bom, passado uns 30, 35 minutos, chegaram nossos pratos.
Resolvi
pedir o Crazy
Duck Burger, um hambúrguer com carne de pato, bem moída, mussarela de
búfala, tomate, geleia de laranja e com fritas, é claro. Pato para
que te quero! E o sabor tornava-se refrescante, pois lá pelas tantas senti uma
generosa folha de manjericão e tomate fresco, para fechar todas, sabor
imbatível!
Com
ela fui de Eisenbanh
Pale Ale, desceu mais redonda que a primeira pedida, formosa,
delícia!
A
Luciana foi de ceva Colorado Appia, mais focada no trigo, copo
mais ‘esticadão’, estiloso... mais forte ela, mas igualmente saborosa.
Para
acompanhar a bebida, o prato inovação/diferentão da noite: Risoto Barbietola, de beterraba com
gorgonzola. Sabe aquele vermelho
forte, parecendo de longe uma carne moída feia e crua? Engano puro! Até este que
escreve que não é apaixonado por beterraba aprovou o resultado. Não era um
risoto forte, mas sem dúvida era consistente, nem molhado nem seco, no ponto...
e muito, muito bem servido, prato fundo, para ninguém botar defeito!
No
fim das contas, completamente satisfeitos e levemente alcoolizados fomos embora
duas horas depois e pagando pouco mais de 100 reais por tudo.
Só
não vai esquecer de entregar o ‘passe’ na saída... rsrsrs
Antes
de Tom Hardy ser mais conhecido com a ótima atuação do brutamontes Bane em The Dark Knight Rises (em uma tradução literal, A Ascensão do Cavaleiro das Trevas.
Aqui no Brasil, com o título – equivocado – de O Cavaleiro das Trevas Ressurge),
antes ainda de Nicholas Refn realizar a grande obra Cult, Drive, observamos um filme
violento, com ótimo roteiro e atuações, o filme chamado Bronson.
Tom
Hardy interpreta o protagonista Charles Bronson (não o ator de desejo de matar
e outros), assassino britânico insano, sem sentimentos, sem piedade alguma, que
mata por prazer, mata sem uma aparente e lógica razão. O filme foca basicamente
no seu período de prisão, de maneira impressionante, por vezes bem realista.
O roteiro
de Brock Norman Brock e Nicolas Refn foge ao previsível, que poderia ser como
Bronson se tornou o que é (um assassino preso há mais de 3 décadas, vivendo por
longo período em solitária), observamos Bronson como inteiro protagonista, por
vezes narrando sua história com sarcasmo, com diversão em meio a toda crueldade
e violência da sua vida.
Mas
talvez o filme fosse apenas mais um – ótimo – filme de prisão se não fosse uma
atuação absurdamente visceral e cabulosa de Tom Hardy, que em certos momentos
nos deixa de lado o filme e ele como sendo um ator interpretando algo, mas sim
incorporando a mente, o olhar as atitudes de um psicopata em tempo integral.
Mais
do que um filme violento, Bronson é o retrato de uma pessoa insana,
violenta e por vezes sádica. Melhor do que ver um filme assim (preciso rever,
urgentemente) é contar com uma trilha sonora acima da média e quando digo, devo
dizer que ouvir Pet Shop Boys com It's
A Sin é sempre me lembrar de um Bronson em uma prisão de segurança
máxima e não parecendo nem um pouco preocupado com isso: que filme é esse Bronson,
que filmaço!
Rua
Barão de Santo Ângelo, 497 – Moinhos de Vento – Porto Alegre/RS
Fone:
(51) 3268 0927
Horário
de atendimento: 2ª a sábado das 18h às 23h30
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