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10/12/2012

Chungo: o argentino que chegou pra ficar!


Não gosto dessa coisa de imposições que a sociedade cria. Para jantar com os amigos em um aniversário só quando todos estiverem à mesa, entregar presentes com nota fiscal é deselegante, comer chocolate 11h30 antes do almoço ou antes da janta faz mal e pi pi pi... na boa, para quem é da turma da Glória Kalil e outros, aqui respeitosamente não é o lugar adequado para vocês. Agora se você preza essa coisa de beber vinho no verão e no inverno, sem hora para determinados eventos e principalmente, se gosta de um sorvete em pleno inverno e antes da janta, sinta-se a vontade para acompanhar nossa matéria do Chungo, sorvete argentino que abriu ali no Shopping Bourbon Wallig.

Desde o ambiente confortável e bem iluminado, de cores vivas, já notamos que começa a conquista ao cliente de cara.


Logo na entrada já temos uma ideia dos valores dos produtos, o que é sempre ótimo, não obrigando o cliente adentrar no estabelecimento, pegar cardápio e outros e sair reclamando que ai como é caro que absurdo não pago isso por uma bola de sorvete prefiro o sorvete feito no quintal de casa que é mais barato não sabe dos preços da casa.

De cara, sabemos uma coisa: são muitos sabores, dezenas... saca só essa visão, cada tampa com uma iguaria diferente!


Eu, nem tão fã de Doce de Leite, encarei um potinho com duas bolas, uma com a já citada e outra de Chocolate Suíço, que vinha com amêndoas caramelizadas... cara, que chocolate espetacular, e as amêndoas dão aquela crocância ao sabor. E o doce de leite... acho que nunca fui muito fã, pois desde sempre entendia que esse doce era com o mesmo sabor daquele da famosa vaquinha, esse que era o meu problema... quando provei o doce de leite argentino do Chungo as coisas mudaram, ali eu vi que o mundo pode ser muito melhor, mais adocicado e sem sabor enjoativo de Mu-Mu (foi mal vaquinha, mas teu sabor só no espeto mesmo e bem tostadinha, para doce é furada).


A Luciana encarou uma bola de Gianduia e outra de Cereja à La Crema, e relata agora o que achou:

“O sorvete de gianduia estava uma delícia, e as avelãs eram cobertas com uma casquinha de chocolate. Mas o de cereja... socorro, esse estava delicioso demais, e olha que para uma chocólatra sair dizendo isso...”


Como bem gosto de fazer, começar primeiro a refeição pelo doce e depois pelo salgado (de novo, se você acha uma heresia mesmo, um absurdo comer doce e depois salgado e outros... sinto muito, pode ver outras matérias dos Cinéfilos Famintos ou até dar uma banda pela internet afora, aqui talvez não seja o local que mais se sentirá identificado).

Agora dá uma olhada nessa vitrine, opções não faltam, tanto no doce, quanto no salgado.


A Lu ficou babando nessas medialunas aí, mas deixamos para outra ocasião.


Na parte do salgado, não quisemos exagerar, fomos dessa vez pragmáticos e pegamos para dividir entre os dois uma promoção que dava a direito a um Tostado de Miga e mais um refrigerante para acompanhar (poxa Sr. Chungo, não tinha Coca-Cola em garrafa, tinha que ser em latinha? Tá certo que o local é modernoso, super agradável, mas um pouco de nostalgia também fica bem legal... fica a dica). O sanduíche estava na medida, fino e crocante... aprovadíssimo.



Saímos de lá pagando em torno de 37 reais e sabedouros que será a primeira de tantas outras vezes que retornaremos ao local, o Chungo veio para ficar, assim esperamos!

O filme eu deixo a Luciana falar, pois tem especial gosto pelo cinema argentino e pelo idioma espanhol:

Ok, vamos lá! Existem tantos filmes argentinos de grande qualidade que eu poderia falar aqui, como Medianeiras – Buenos Aires na Era do Amor Virtual, O Filho da Noiva, Dois Irmãos, O Homem ao Lado, entre tantos outros. Mas resolvi falar sobre um filme o qual tive a oportunidade de ver nos cinemas mais de uma vez, e que posteriormente li o livro no idioma original, La Pregunta de Sus Ojos, de Eduardo Sacheri (aqui abro um pequeno parênteses para comentar que tive a oportunidade de conversar com o autor na Feira do Livro de Porto Alegre em 2011, e tive meu exemplar do livro autografado por ele). Estou falando de O Segredo dos Seus Olhos.


Dirigido com maestria por Juan José Campanella, O Segredo dos Seus Olhos é um filme que prende a atenção do espectador desde os seus primeiros minutos, aumentando o nosso interesse com o desenrolar da trama e culminando em um final surpreendente. Lembro-me de ter passado um bom tempo pensando naquele final depois de ter assistido ao filme.

Em excelente interpretação de Ricardo Darín, temos Benjamín Espósito, ex-funcionário da justiça penal argentina. Quando se aposenta ele decide usar o tempo livre para escrever um livro baseado em um caso que acompanhou há 25 anos, o assassinato de uma bela jovem e as decorrências desse fato.


Seguindo nosso personagem em idas e voltas no tempo o longa vai, aos poucos, nos mostrando como tudo ocorreu naquela época, ao mesmo tempo em que reflete os acontecimentos daqueles dias nos dias atuais de Espósito. Ele e a promotora Irene (Soledad Villamil) – da qual era assistente – sempre foram muito próximos, e esse reencontro mexe com os sentimentos de ambos, mesmo ela estando casada e com filhos. A química que Darín e Villamil emprestam aos seus personagens faz com que as cenas sejam completas, mesmo que apenas olhares sejam trocados entre os personagens. Aqui ainda posso falar do magnífico trabalho de montagem do próprio Campanella, pois essas idas e vindas no tempo são apresentadas de forma totalmente fluida, não interferindo em momento algum de forma negativa na história.

Diante das investigações, de um provável suspeito e algumas reviravoltas (todas bem sucedidas), os fatos vêm surgindo e pistas vão sendo deixadas, o que faz com que ninguém esteja realmente seguro neste momento.


O roteiro escrito por Campanella em conjunto com Sacheri não deixa pontas soltas, trabalhando os personagens e situações com elegância e esmero. E a adaptação é das melhores, mesmo que algumas situações ou desfechos sejam de alguma forma, alterados ao serem transpostos para as telas. Aqui abro um novo espaço para comentar sobre o final do livro. Não que ele seja totalmente diferente, mas a forma como é apresentado no livro é muito mais chocante do que no filme, pode apostar.

E não para por aí, O Segredo dos Seus Olhos além de ser um excelente filme, ainda nos brinda com o plano-sequência dos mais emblemáticos e fascinantes, vale a pena conferir. E eu, que não sou boba, quando estive em viagem a Buenos Aires ano passado garanti meu exemplar do filme no idioma original, com extras e tudo, coisa que infelizmente a versão nacional não continha.


Avenida Assis Brasil, 2611 – loja 120 térreo – Shopping Bourbon Wallig – Cristo Redentor – Porto Alegre/RS
Fone: (51) 3084 6600

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