Flor de Primavera, sanduíches para qualquer estação.

Às vezes a gente quer fugir um pouco do tumulto de um grande restaurante, de uma área hiper movimentada ou com trocentas opções no buffet por R$ 1,99. Às vezes o almoço pode muito bem ser um sanduíche, um doce, uma bebida e fim.  Foi com esse espírito que dia desses passei na Flor de Primavera. Gostei da experiência. Muito.

O lugar é pequeno, dando um ar ainda mais intimista ao local. Nada contra almoçar ou lanchar ao ar livre (nada contra mesmo, não teria problemas de fazer isso com a lata de lixo próxima)...

...mas optei pelo ambiente interno, poucas mesas, na medida.

Cardápio? Frente e verso: simples, eficiente e direto.

Dessa vez fui de sanduíche de atum: pão branco, ovo, pasta de atum e algo mais, quem sabe.

A generosa fatia é acompanhada de molho a base de ervas, alho e óleo e outros saborosos temperos (talvez algo picante também, marcando ainda mais o gosto) e maionese da casa.

Inevitavelmente eu teria que misturar os dois molhos em um mesmo pedaço... se não fizesse isso, não seria eu.

Outro detalhe é a agilidade das moças, pediu levou. Nesses 40 minutos que fiquei no local vi muitos pedindo o sanduíche primavera, possivelmente o prato chefe da casa. Fica para uma oportunidade próxima.

Para beber, pedi um suco de laranja. Natural? Sim, feito na hora, no espremedor de frutas lá ao fundo... #TomaessaLazier

Muito bem servido, sente o naipe da coisa.

E claro, devidamente finalizado.

Vamos de uma sobremesa então, optei pelo bolo de chocolate com branquinho, no caso aquele que está na vitrine, mais ao fundo...

A moça ainda perguntou que seria uma fatia média ou inteira... obviamente que a resposta foi inteira porque fatia menor, pequena, mais ou menos, média, essas os garçons devem perguntar para outras pessoas, para mim né... sempre a maior, com orgulho.

Chocolate suave, calda quente de... chocolate. E no meio do bolo, os branquinhos macios... uma delícia, sem dúvida.

Vamos ao ataque então, bom apetite!

Paguei 20 moedas de 1 real e fui descendo a ladeira, caminhando e para fazer a digestão bem bacaninha, como manda o figurino. Arrependimento? Deveria ter levado um sanduíche ou torta para saborear em casa, nem sempre acerto plenamente as coisas...

Na frente do local uma placa indica os valores dos pratos servidos, e informa que ali você estará saboreando o sanduíche eleito como o melhor da cidade pela edição Comer & Beber de importante revista de circulação nacional.

Um filme que vi dezenas de vezes. Esse mesmo filme faz muitos anos que nunca mais retornei a ver, mas ainda assim, a lembrança é das melhores. Assim é Mamãe é de Morte.

Neste filme de John Waters, Kathleen Turner (espetacular em cena, talvez a melhor atuação da carreira) é a dona de casa Beverly Sutphin, amável, sorridente, faz tudo pelo bem de seus filhos e esposo. Sua obstinação pela felicidade da família é tamanha que qualquer coisa que se coloque à sua frente será varrido por terra, nada escapará da frente dela: será o ex-namorado da filha, o dentista insuportável, a mosca que atrapalha o café da manhã, Beverly sempre toma a mesma decisão para com o outro: matar.

Waters (de Pink Flamingos, que miseravelmente não assisti ainda) traça um perfil sagaz, cheio de humor negro do popular ‘american way of life’ e mais, da sociedade em sua totalidade, de pessoas que veneram assassinos, e pessoas de conduta suspeita por estarem em exposição, na mídia. Mais que isso, mostra que às vezes qualquer mero desvio de conduta pode ser suficiente para ter sua vida abreviada. Mesmo que, com a tecnologia algumas vidas tenham sido salvas em tempos de dvd/blu-ray e outros, não precisamos mais rebobinar fitas de vídeo para entregar nas locadoras... confesso que por algumas vidas a menos, preferiria o modo de vida dos anos 80 e parte dos 90...

Minha humilde crítica completa sobre o filme você encontra aqui.

Flor de Primavera

Rua Dr. Timóteo, 842 – Moinhos de Vento – Porto Alegre/RS

Fone: (51) 3222 5389

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