Vinhos são sempre bem-vindos. Para mim, de
preferência tintos e secos, e é claro, de uma boa uva. Confesso que até bem
pouco tempo eu desconhecia o inebriante mundo dos bons vinhos, até consumia,
mas nem sempre de boa qualidade. Aos poucos fui aprendendo, principalmente com
o Maza, que além de conhecer relativamente bem os vinhos, tem adoração por
eles. Li um livro interessante que me deu algum conhecimento, mas me faltava a
prática, algo que finalmente consegui suprir com esse curso de dois dias oferecido
pelo Armazém dos Importados e ministrado pelo sommelier e enólogo Lisandro Neis,
no lendário Restaurante Copacabana. Não tem como dar errado. Vale lembrar que é tudo culpa
do Maza, ele quem insistiu para eu fazer esse curso... hehe
Acomodada em uma mesa em
forma de “U”, com as taças já dispostas para a degustação, é hora de começar a
se familiarizar com o local e os outros colegas de curso.
O garçom já nos traz água
com e sem gás...
...e um pratinho de pães bem
novinhos, o cheirinho estava de matar.
Para não se perder, a
planilha auxiliará na avaliação.
Além da conversa do Lisandro
com a turma, ainda temos o auxílio do material que ele expõe na TV.
Por falar em Lisandro, aí está ele passando
algumas informações pra gente.
Nosso primeiro exercício foi o seguinte, cada um
pegou um pedacinho de um cacho de uva...
E separamos cada parte do grão: casca, polpa,
semente e cabo.
A etapa seguinte era experimentar cada uma das
partes em separado e sentir os sabores e sensações desse ato. Nem preciso dizer
que a melhor parte foi a polpa, e a pior o cabo, certo? hehehe
E claro, o presente depois foi poder degustar o
grão por inteiro.
Mas vamos às bebidas! No primeiro dia do curso
as estrelas eram os espumantes, os vinhos brancos e os vinhos rosés.
Começando com o espumante rosé Hermann Bossa,
bem agradável.
Estava na temperatura certa!
Agora chega nossa entrada, salada de folhas verdes com fondue de
queijo. Estava bem boa.
Ainda junto com a entrada, um Raventós i
Blanc Brut.
Em harmonia perfeita com a entrada.
E o bom que eu conto para vocês é que não era
uma gotinha de espumante no fundo da taça, estávamos sendo muito bem servidos.
Vamos agora passar aos vinhos brancos. O
primeiro a ser servido foi o Colomé Torrontés.
Sinceramente eu nunca havia experimentado um
aroma como esse, parecia um buquê de flores, com algo frutado. O sabor bem mais
fraco, mais leve.
Agora vamos apreciar o primeiro prato da noite, Tortéi com
molho de tomates e manjericão. Simplesmente fabuloso, amo Tortéi.
Ficou melhor ainda com esse queijo, mas confesso
que me esqueci de fotografar depois de por o queijo, estava distraída com os
sabores e aromas... hehe
Pois nisso já estava sendo servido o segundo
vinho branco, um excelente Caliterra Reserva Chardonnay.
Encorpado, de aroma marcante. Harmonizou na
medida com o delicioso tortéi.
Passando agora aos vinhos rosés, o primeiro é o La Linda, um Malbec
argentino bem interessante.
De cor e aroma marcantes.
Gostei dessa foto, tirei por tirar na hora, mas
resolvi colocar aqui, acho que as taças ficaram lindas vistas nesse ângulo. Ou
eu que já estava faceira a essa altura e estava encantada pelas taças... hehe
Próximo prato? Vitela assada com arroz de nozes e batata
recheada com quatro queijos. Estava muito bom, mas como eu adoro
tortéi, fico na dúvida qual dos dois estava melhor.
Chegou a hora do segundo rosé da noite, o
francês Domaine
Sorin Terra Amata.
Não me desfazendo do Malbec, pelo contrário, um
excelente vinho. Mas para harmonizar com o prato, preferi o francês.
Comparem a coloração dos dois vinhos.
A “aula” está chegando ao fim, o jantar foi
sublime, e chega a hora da sobremesa: Pudim de Leite! Uma delícia sem precedentes e
em uma porção farta, o dobro ou o triplo do tamanho que em muitos locais que
servem sobremesas através do a la carte (oi Dado Bier, um abração pessoal!).
Mas vamos lá, e o vinho de sobremesa? O Chatêau Ramon
Monbazillac.
Perdoem-me a sinceridade, mas não consegui
gostar desse vinho. Doce, extremamente doce, uma mistura de mel com algo que
não soube colocar em palavras o que poderia ser. Quando sugeri que parecia ‘mel
choco’ acharam graça... hehe
Eu bebi bem pouquinho...
E depois de esvaziadas todas essas taças eu bem
que mereço um expresso (sim, expresso com X, pois vem da origem que
o café vem rápido, a vapor, como um trem expresso... essa coisa de espresso com
s... to fora!), certo? E esse estava dos bons! A cremosidade chegava a ser
aparente.
Aliás, não só o expresso estava maravilhoso,
como todos os pratos preparados pela casa, não é à toa que o Copacabana
é de tradição.
Olha, acho que estávamos em 11 participantes, 12
talvez. E olha o estrago (no bom sentido, é claro... rsrs)!
Finalizando, a primeira noite do curso foi
excelente. Os pratos, os vinhos e espumantes e o atendimento do pessoal todo, a
Juliana, o Marcelo, o Lisandro, todos nos atenderam e nos trataram com a máxima
atenção. Agora enquanto aguardamos os comentários da segunda (e última) noite
do curso, dá uma espiada nisso e pensa:
O Maza, já que não fez o curso, pediu pra falar
do filme, pelo menos do filme do 1º dia. É claro que deixei... hehe
Filme leve e porque não dizer descompromissado, O Chef (Comme Um Chef, França, 2012) mostra a
história de Jacky Bonnot, postulado chef
que só se dá mal por tentar impor um gosto refinado a seus clientes. Em cada
restaurante que tenta se firmar é demitido por não aceitar os absurdos feitos
com receitas originais, tais como passar mostarda em linguado, tomar
determinado vinho com o acompanhamento errado, etc. Jacky tem como grande
inspiração o chef Alexandre Lagarde,
que está em risco com seu restaurante: suas receitas não fazem tanto sucesso
como antigamente, e se na próxima avaliação de críticos gastronômicos ele
perder uma das 3 estrelas de seu restaurante, estará na rua.
O Chef acaba divertindo pela química entre Michaël
Youn e Jean Reno, pelas situações divertidas passadas por ambos (destaque para
o jantar japonês e ainda para o momento que certo espanhol tenta apresentar
para eles a cozinha molecular, com patos como prato principal), por uma trilha
sonora alegre e uma música-tema que fica martelando na sua cabeça até depois do
filme. E claro, a variedade de pratos expostos no filme, tudo da alta
gastronomia e que faz a fome bater durante e ao final do filme.
O Chef é uma comédia que tem lá seus clichês (a mulher
grávida que briga com o namorado, o chef
que é fracassado e menosprezado durante boa parte do filme), mas que mesmo
assim resulta em uma experiência agradável e com duração adequada (em torno de
01h20min). Melhor que isso só fazer uma refeição com o vinho de sua preferência
ao final do filme!
Investimento: R$ 245,00 por dois dias de curso, incluindo os
jantares, os vinhos e espumantes servidos.
Rua Padre Chagas, 171 – Moinhos de Vento – Porto
Alegre/RS
Fone: (51) 3222 1131
Praça Garibaldi, 02 (esquina Venâncio Aires) –
Cidade Baixa – Porto Alegre/RS
Fone: (51) 3221 4616 / 3225 9885 / telentrega
3221 4616
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