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01/06/2012

Bier Garten: onde eu corto e como o filé de colher.



Conforme dito no último post do Chocólatras, saímos do local com aquele gostinho de cheesecake ainda nos lábios. Já que estávamos na Nova York, qual o motivo de ir para casa e não conhecer melhor essa rua, descobrindo algum restaurante? Pensando assim, adentramos no famoso Bier Garten, sem medo e com aquela sensação que seria sucesso garantido... e foi.



Quando entramos o movimento estava calmo (na verdade calmo é modo de dizer, estava vazio... ah, um restaurante vazio, um cinema vazio, quanta presença em um momento como esse), perdemos a ‘oportunidade imperdível’ de tirar uma foto de vários garçons batendo papo e dialogando no sofá de entrada...



A casa é de fato muito bonita, com luzes não muito fortes logo no primeiro ambiente de entrada.



Mas em outros ambientes já é bem diferente, sendo alguns mais propícios para ver jogo do seu time ou ainda, estar com os amigos e outros.




Essa lareira... fico curioso se de fato vem a ser utilizada nos dias mais frios do inverno, cairia muito bem...


Pegamos um lugar no ambiente próximo da lareira, ao lado do simpático quadro...


Percebam que estilo!


Agora no detalhe:


Até pensamos em ir ao buffet de antepastos...



...mas nada contra, parece saboroso até, simples, mas saboroso e parecia fechar com o propósito da casa. Mas não adianta, sempre que me lembro ou falo de antepasto, lembro do Atelier de Massas, aquele antepasto sim, é uma ‘estupidez’ de sabores (relembrem o texto aqui). Resolvi pular o antepasto e ir com bolinhos de queijo para entrada... a cara até pode parecer daquelas bolinhas de salgadinhos da Elma chips, mas o sabor era dos melhores.


Devidamente acompanhados de mostarda, dando uma combinação e tanto... aliás, com ou sem mostarda caíram muito bem!




Acompanhando os queijinhos e a mostarda (que não era forte nem nada), o básico de sempre.


Mas chega a hora do sacrifício, do principal... optamos por fritas (que dúvida) e arroz como acompanhamentos. E as amarelinhas caíram muito bem, sem sair pingando banha/óleo como em muitos botecos que se julgam de qualidade só porque cobram baratinho a comida (nada contra os que cobram baratinho, mas que sirvam qualidade). O arroz também, solto, no ponto.



E o filé ao molho de nata... nesse ponto cabe um adendo: enquanto esperávamos o pedido ser realizado, escutamos fortes batidas. Não, eram porradas mesmo, era nítido que estavam amaciando o bichinho... e olha, quando ele chega na mesa e você, o garçom no caso (Valdir, vai um abraço! e fica nossa recomendação: quando forem no Bier Garten, tentem ser atendidos por este garçom, agilidade e ótimo atendimento em pessoa), corta com colher...é sinal de sucesso certo! O filé dos caras é palhaçada, é de pedir para o garçom umas almofadas e comer de joelhos!


Muita, mas muita nata, sem comentários... Ou melhor, digo só mais uma coisa: a nata não é para esconder a qualidade da comida, é porque é muito bem servido de fato! Vai dizer que não é uma obra de arte?


Ao ataque então!



Não tinha como ser diferente, começamos com Chocólatras e fomos para o Garten, é fato que iria sobrar comida da boa... Sério, o cara nos serviu uma vez e não aguentamos uma segunda rodada. Mais do que satisfeitos, pedi para embalar as sobras e prontamente fui atendido. “Valdir, embala tudo para nós? Valeu mestre!” (sim, porque alguns estabelecimentos de Porto Alegre não possuem embalagem para os clientes levarem o que sobra de seus pedidos... picaretagem pouca é bobagem, seus malditos donos de espeluncas que se acham restaurantes com R maiúsculo!).


A Luciana ainda aproveitou o momento para fazer sua habitual degustação de café, que segundo ela, estava bem bom.


Saímos de lá devidamente satisfeitos, a conta toda ficou na faixa de 105 a 110 reais. Dado o apetite desses glutões blogueiros e que com certeza poderíamos ter pedido bem menos coisas, a conta poderia ter ficado mais barata. Mas como ficou, nada a dizer. Ou melhor, só digo que com certeza iremos retornar ao local mais vezes!

Fomos para a rua à espera de um táxi, pegamos um e casa... infelizmente não foi o táxi que divulga o pub Nova York 72, mas quem sabe um dia, quando formos nesse local, quem sabe não pegaremos esse táxi retrô? Eu gostaria...e muito.


Já falamos aqui o quanto gostamos de cinema, mas que temos reduzido nossas idas e vindas muito mais em função de pessoas mal educadas do que por qualquer outra coisa. É impressionante como as pessoas não conseguem ir a um cinema simplesmente para... ver um filme! É pedir demais? Sim, pelo visto sim. É bagunça, são celulares ligados e gente mandando torpedo durante o filme, atendendo e conversando, ou se virando para o lado e contando sobre a história do filme, e quando você pede silêncio, querem briga, fazem tumulto... uma completa inversão de valores.

Digo tudo isso para reafirmar que adoro uma sessão de cinema calma, melhor ainda se for vazia. E nisso lembrei de uma vez, um filme estava sendo exibido em Porto Alegre em apenas um cinema e na primeira semana já iria sair de cartaz. Era eu e mais um casal na sala. E estavam bagunçando, olhando torpedo, luzinhas do celular... me virei e disse: se não querem ver o filme vão embora ou façam silêncio! O casal se levantou e foi embora. E assim tive minha primeira sessão de cinema exclusiva. O filme? Magnólia.


Paul Thomas Anderson já tinha chamado à atenção de muitos (minha também) com seu magistral Boogie Nights, um retrato sobre a indústria do cinema pornô dos anos 70 e 80, um trabalho ousado para um jovem de 31 anos na direção. Em Magnólia seu projeto pode não ser tão impactante quanto em Boogie, mas o resultado é intenso. Acompanhando a história de diversos personagens, Magnólia é longo sem parecer arrastado, tem um ritmo bem adequado (em torno de 3 horas de duração), tem atuações marcantes, mas sem parecer que esse ou aquele ator puxe o filme somente para si (para citar algumas atuações, Tom Cruise, Julianne Moore, Philip Seymour Hoffman, William H. Macy, entre outros), uma trilha sonora que envolve a plateia e a vida daquelas pessoas (ao menos em um momento em especial), e se não bastasse tudo isso, seu terceiro ato nos revela algo surreal, bizarro alguns diriam, algo no mínimo surpreendente quando um temporal avassalador acomete a cidade de Los Angeles... depois da ventania/temporal vem a... calmaria? Não em um filme de Paul Thomas Anderson... ver Magnólia é ver algo original, é uma homenagem ao mestre Robert Altman (em especial ao seu Short Cuts, Cenas da Vida), é cinema de qualidade e quanto mais passa o tempo, mais o filme mantém sua qualidade, não deteriora com o tempo. Azar é daqueles idiotas que estavam preocupados em brincar no celular e saíram antes da metade do filme, perderam uma obra e tanto!


Pois sim, reafirmamos o que foi dito no começo do post: apreciamos ir a restaurantes vazios assim como gostamos de ir a cinemas do mesmo modo. Se você aprecia isso parabéns, entre para o nosso time de cinéfilos famintos solitários. Se não, não sabe o que está perdendo...


Avenida Nova York, 79 – Auxiliadora – Porto Alegre/RS
Fone: (51) 3337 1700 / 3085 9405

2 comentários:

  1. Hummm... Filé cortado de colher? Não precisa dizer nada mais: Eu quero!

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  2. Felizmente Porto Alegre está cheio de lugares assim Amelí, quando conhecer a cidade verá que isso é verdade! rs

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