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26/06/2012

O El Viejo Panchos do matambre. Do Brahian. Das papas fritas. E muito mais...


Sexta-feira. Uma semana exaustiva, puxada, cansativa. No fim de tarde, perco o bus. O próximo só passa 30 minutos depois, cheio. Fico mais cansado ainda, me arrastando. Quase sem vontade de fazer mais nada. Eis que encontro a amiga Luciana e ela me avisa: tenho cupom de compra coletiva. E não precisa agendar. E é aqui por perto. No El Viejo Panchos. No Panchos, aquele famoso pela carne uruguaia de primeira, feita em uma Parrilla para dar inveja a qualquer um? Ok, topo fazer esse esforço, vamos para lá.

A fachada é bem luminosa, tanto que não conseguimos captar o nome do local na entrada.

De cara, pegamos um local mais afastado da parrilla, mas que ainda assim era possível avistar toda aquela beleza sendo feita lá no fundo, com direito a observar várias camisas de clubes de futebol à mostra.


Não pedimos nada ainda, mas já observamos os temperos na mesa, molho vinagrete, chimichurri e outro com mais pimenta, deliciosos.


Logo que chegamos notamos que tinha algo ainda mais bacana no local, o atendimento. Fomos de cara recepcionados pelo Brian e olha, faço um paralelo com um comentário que o amigo @clickfilmes fez sobre Jean Dujardin em O Artista: esse Brian deve ter tomado banhos e banhos de carisma na infância, só assim para explicar a presença do garçom, muito gente boa, explicando os pratos, fazendo piadas sem parecerem artificiais, e assim por diante: atendimento assim ganha pontos comigo.


Não sei ao certo se foi o espírito da sexta-feira chegando, da previsão de chuva logo ali adiante (o que SEMPRE me deixa mais alegre, SEMPRE), se foi o atendimento, ou seja lá o que for, mas o cansaço passou, surgiu outra coisa no lugar, aquela vontade de jantar bem. E com uma parrilla dessas, não tem como resistir.


Nosso pedido dava direito ao matambre a la Panchos (aberto) ou Relleno (enrolado) ... fomos de matambre a La Panchos, com queijo, pimentão, azeitona e outros... sim, acredito que aquelas generosas fatias que vimos no canto direito da foto acima eram os nossos matambres...

Mas vamos só nisso? Não, acabou o cansaço e entrou o espírito de jantar bem. Melhor dizendo, aquele espírito do bem, o de comer como se não houvesse amanhã. Garçom gente boa, anote o nosso pedido: manda ver uma salsicha parrillera daquelas no capricho! E chegou... ele disse que era para a linguiça ter vindo enroladinha, mas a essa altura, isso não importava muito...



Vamos também de papas fritas com, com... generosa porção de amarelinhas com cebolas!



Um arroz branco para acompanhar...


E nosso matambre!


Aqui uma pausa, esse momento merece.


Fim da pausa.

Desde pequeno escuto que matambre é uma carne deliciosa, mas que precisa cortar em fatias fininhas porque é mais difícil de cortar, de mastigar... devo dizer que fui enganado durante boa parte da minha infância. Ou fui enganado, ou esses uruguaios parrilleños são mágicos, ‘PQP, QUE MATAMBRE MACIO, QUE SABOR INCALCULÁVEL!’ Você sabe o Ratatouille, o filme? Quando o crítico gastronômico prova o prato que dá nome ao filme e isso remete, de forma sensorial aos seus tempos de criança? Pois é, consegui compreender perfeitamente o que ele sentiu provando esse matambre!


Miseravelmente não tiramos fotos das Heineken’s que estavam estupidamente geladas, mas... vamos ao ataque (tem só a minha foto aqui, mas a Luciana também estava destruindo, não tanto quanto eu...deve estar de regime, problema é dela...rs ... ou melhor, de tanto eu dizer que ela deve estar de regime, vai acabar sobrando pra mim... rsrsrs ela é tão boa de garfo quanto eu!)!


Agora digo, se não bastasse tudo isso, eu de cara pedi mais uma coisa, que até levou um tempinho a mais para chegar à mesa, estava estranhando, mas tudo bem, finalmente chegou aquilo que fiz como se fosse minha sobremesa, meu pancho com queijo mussarela e salsicha!


Quis pegar leve, mas tinha de linguiça e com bacon... meu coração agradeceu ter optado por este: pão macio, queijo bem derretido, um espetáculo um ES PE TÁ CU LO!


Olha, só perde para a do El Cuervo, mas ali também é covardia, mas esse estava confirmado idem!


Como a Luciana estava pegando leve, obviamente sobrou comida, devidamente embalada.


Nossa conta toda ficou em torno de 75 reais, incluindo os cupons dos matambres (e sem promoção tudo ficaria na faixa de 100 reais). Fui para casa e dormi feito rei. E houve o amanhã. E depois de amanhã, e depois e depois...

P.S.: o Brian e sua equipe eram tão gente boa que até nos convidaram a tirar fotos junto à parrilla, mas, para alegria dos leitores, vamos poupá-los de tais imagens...rsssss


Essa coisa dos filmes, do cinema, da imagem em movimento, uma entre tantas coisas que me fascinam são justamente a coisa lírica da imagem. Muitas vezes o entendimento de uma obra é algo subjetivo, em segundo plano e o não esclarecimento de questões abordadas no filme não quer dizer necessariamente que a obra não seja de qualidade. Dito isso, devo dizer o quanto considero singular a obra de David Lynch. De Eraserhead a Veludo Azul, passando pelo seriado Twin Peaks até o seu magistral Mulholland Drive (vulgo Cidade dos Sonhos), sua obra sempre deixa questões no ar, o entendimento nunca é de 100% da obra. Assim, me lembrei de um filme que miseravelmente entrou em apenas 1 cinema de Porto Alegre, ficou só uma semana e saiu de cartaz, e assim sendo, tive que ver em casa: Império dos Sonhos.


Se você teve dificuldades para compreender Cidade dos Sonhos, entenda que esse filme é barbada perto do ‘Império’. Particularmente não tenho como dizer algo concreto, uma sinopse do filme. Envolve Laura Dern em vários papéis distintos (alguns dizem que ela interpreta 3 personagens diferentes, outros 4... se fuçar bem, terão aqueles que afirmarão que são 5 papéis diferentes), uma família de coelhos trabalhadores e que assistem seu sitcom na TV, imagens desconexas, momentos de tensão e mais, um ou outro momento que me fez pensar o quanto assombroso e sombrio seria ver David Lynch dirigindo um remake como O Bebê de Rosemary, Carrie, entre outros. Seu desfecho (se é que existe desfecho) é alegre, ritmado e com uma ou outra participação de atores de filmes anteriores. Não interessa se você entenderá o filme ou não, como alguém já disse certa vez (acho até que o próprio Lynch): ‘eu não faço filmes para as pessoas entenderem, e sim para elas verem’. Vejam, revejam e assim por diante... Lynch não é para todos, é para poucos, tentem fazer parte desse honroso grupo de poucos.



Update by Lu: Recentemente retornarmos ao El Viejo Panchos a fim de experimentarmos o filé mignon deles, realmente uma maravilha. Mas o que realmente nos conquistou foi a torta de sorvete. Gente, o Brahian (espero que agora tenhamos acertado a grafia do nome dele.. rsrsrs) fez toda uma decoração na torta, que resultou nessa delícia que vocês podem ver abaixo. Tudo perfeito!




Avenida Protásio Alves, 723 – Rio Branco – Porto Alegre/RS
Fone: (51) 3019 4099 / 3026 5699

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