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13/06/2013

Pâtissier


Expectativa é algo complicado. É muito mais que isso, mas deixamos assim. Complicado porque podemos estar com altas expectativas e chegar na hora e se decepcionar. Mas sabe quando a expectativa é altíssima e ela é superada? Pois então... muito prazer, sou o Pâtissier!

Nossa reserva já tinha sido feita há dias, desde que soubemos qual seria o prato principal do fim de semana. Reserva na parte interna, nunca fui muito de ambiente externo e na rua, confesso. Mas nesse dia, quis o maravilhoso tempo estar a meu favor e da Luciana, e se você pensou que estava chovendo... acertou, viva (ironia mode off, adoramos chuva mesmo!). De cara, já vamos sabendo onde ficaremos...


Vamos lá, caminhando por um corredor pequeno, mas aconchegante, entre finas cortinas pretas vamos indo localizar nossa reserva...


E poxa vida, como levamos tantos anos para conhecer o Pâtissier? Que erro! De cara você já nota aquele ambiente todo especial para os convidados, um ambiente que trabalha com a simplicidade, uma área simples, mas bem definida, com mesas com bom espaço...


Mas a mesma simplicidade também se nota em muito bom gosto, com sofás e quadros em várias partes do ambiente.


O Chef Marcelo Gonçalves mostra desde já que não entende apenas de gastronomia, valorizar objetos antigos não é transformar um local em velharia e sim conseguir dar um ar nostálgico ao local e ainda acrescentando utilidade aos objetos... poxa, não tem como não achar legal aquele carrinho de ferro, um fogão a lenha e tudo mais!


E para finalizar isso, onde muitos achariam já ultrapassado e colocariam fora, aqui ganha um toque especial, elegante ao espaço...


Alguém há de pensar: estava frio nesse dia, como faz? Não tem problema, um aquecedor aqui...


Outro ali e tals... e tudo se resolve!


Mas tchê, e a comida hein? Ok, vamos seguir para a próxima fase! Chegamos uns 30 minutos antes de começar o horário do almoço e gentilmente, o Marcelo veio então até a nossa mesa e nos serviu uma porção com azeitonas pretas e ovos de codorna...


Para acompanhar, um baldinho de Stella Artois: gelada e na medida.


Dito isso, o garçom nos apresenta como será o menu do dia de hoje: entrada, prato principal e sobremesa, tudo isso no cardápio prato! Para ser genial não precisa ser mirabolante, simplicidade, como dito antes, muitas vezes faz toda a diferença!


Mas o prato principal eu deixei para a Luciana, que ficou com o clássico Hambúrguer, eu optei pelo Japa... vai um folder explicativo da belezura? Claro que sim, vamos lá.


Enquanto ficamos aguardando pelo creme de moranga, o carrinho de outrora vazio, acho já está cheio de guloseimas saborosas...


E põe mais lenha no fogão que daqui a pouco tem panela fervendo pela frente!


Nisso, fomos lá pegar um pãozinho com manteiga...


Antes, a Luciana devido ao elevado teor alcóolico de tantas Stellinhas já saboreadas acabou confundindo manteiga com queijo e pegou mais uns pedacinhos dela... quer saber? Tem gente que vem com aqueles papos que fruta é isso, que ômega 3 é aquele outro... na boa velho, pra mim MANTEIGA É VIDA e com ela eu sigo firme e forte, pode ser pura que eu como numa boa, sem moderação... valeu ae Luciana, pela dose extra de manteiga, adorei!


Só sei que de relance vejo aquela panela de ferro fumegante, aquele cheiro maravilhoso... ah, lá vem ele, o creme de moranga!


Melhor que isso só aquele toque de tempero verde... ah, um toque pra lá de sensacional de gengibre na sopa deixa ela ainda mais quente enquanto estávamos experimentando... Marcelo, toca aqui!


Antes de fazermos a festa no dia do hambúrguer, sempre escutávamos que eles eram assados na brasa, no carvão. Será mesmo? Fomos lá na cozinha conferir... uma imagem vale por mil palavras:


Bom, chegaram os pratos principais!

O famoso hambúrguer do chef Marcelo, quem pode falar mais é a Luciana: “um hambúrguer de 190 gramas, feito artesanalmente com uma mistura de filé mignon, linguiça e temperos. Fabuloso! Assado no carvão e acompanhado de uma pequena porção de gorgonzola, as deliciosas cebolas roxas e as batatinhas como complemento. Tudo perfeito, tudo muito saboroso“.


Sobre o Japa, digo que foi um dos hambúrgueres mais diferenciados que já provei. A mistura dos elementos, a carne no ponto, a quantidade bem servida (pode parecer pouco, mas são 160 gramas de carne da mais saborosa)... um espetáculo!


Estávamos super satisfeitos, o atendimento dos garçons, a gentileza do Marcelo de ir de mesa em mesa e conferir se estava tudo de acordo... estava sendo uma tarde memorável, mas vamos adoçar ainda essa tarde. A Luciana ficou com a sobremesa do dia, Torta Helmut com sorvete de iogurte e molho de cacau. Provei e confirmo que é uma delícia.


E olha o toque de uma fruta diferente: mãe, pai, colegas de trabalho, amigos... estou fazendo bonito, alimentação saudável, até fisális rolou nesse dia, olhe ela ae!


Eu, por outro lado, fiz as vezes de Luciana e optei pelo cheesecake com calda de amora... tudo, tudo... e mais tudo de bom.


Sei que lá pelas tantas você via pessoas chegarem, abrirem sorrisos, saírem de lá alimentados e mais felizes ainda... e nós ali, seguíamos firmes e fortes. Eu nunca escondi que gosto de quebrar paradigmas, tais como começar pela sobremesa e depois pela parte salgada... dessa vez não foi assim, mas depois de tudo isso, uma stella aqui, mais um balde ali... fui lá me servir de novo de sopa, isso já sendo quase 16 horas... gula, um pecado que tenho prazer imenso de cometer a todo momento!


Umas 4 horas depois resolvemos que era hora de rumar para outros caminhos, deixar o Marcelo e sua equipe em paz, ao menos naquela tarde... recebemos a conta dentro de um livrinho fino, das antigas, me lembrou aquele estilo de livros pulp fiction e foi assim que recebemos nossa conta, 100 reais por pessoa (200 e mais umas moedas). Barato, caro? Como diria o personagem Jesse (interpretado por Ethan Hawke, nos filmes que a Luciana falará um pouco mais a seguir): vai da percepção de cada um. Da nossa parte digo que 2013 teve desde já um dos melhores momentos, e que dificilmente será superado: obrigado por tudo Chef Marcelo e equipe, esperamos retornar mais vezes ao fantástico Pâtissier!


Venho acompanhando a história de Jesse (Ethan Hawke) e Celine (Julie Delpy) desde que ambos desembarcaram daquele trem em junho de 1994, em Viena. Richard Linklater concebeu o filme Antes do Amanhecer de forma mágica. O roteiro traz diálogos muito bem construídos, cheios de significado e que nos fazem conhecer um pouco de ambos os personagens. Após passarem a noite desvendando as belezas da cidade eles precisam se separar, cada um precisa seguir seu rumo.

Em Antes do Pôr-do-Sol voltamos a encontrá-los em Paris, nove anos mais tarde. E nove anos mais velhos. Dessa vez Julie Delpy e Ethan Hawke assinam o roteiro junto com Linklater, ajudando a construir a história de seus personagens. Os diálogos novamente muito bem escritos nos mostram a realidade de duas pessoas que passaram nove anos sem se ver e que mesmo assim não conseguiram esquecer o sentimento que construíram em uma única noite que passaram juntos.

Depois de dois excelentes filmes, a expectativa para o (provável) desfecho da história de Jesse e Celine era alta. Afinal, mais nove anos se passaram desde a última vez que encontramos o casal.

E foi com certo alívio que saí da sessão de imprensa de Antes da Meia-Noite, pois mais uma vez o diretor nos entregou um belo filme, repleto de significados e história.


Dessa vez encontramos Celine e Jesse mais velhos, com mais preocupações e em férias na Grécia com suas filhas gêmeas e o filho do primeiro casamento dele. Depois de deixarem o garoto no aeroporto para voltar para Chicago – onde mora com a mãe, com quem Jesse não tem um bom relacionamento – eles voltam de carro para o sítio onde estão hospedados, na casa de um escritor supostamente famoso. Nesse ponto podemos perceber um pouco de como se tornou a vida deles depois de casados, pois os diálogos, apesar de muito bem construídos não são do mesmo teor que estávamos acostumados. Aqui temos um casal que se preocupa com o trabalho, os filhos, as contas para pagar e o problema que é a distância que separa Jesse de seu filho.


Temos vários personagens em cena, alguns mais relevantes que outros, mas todos com seu papel a desempenhar. Durante um almoço com a família com quem estão hospedados é que temos os diálogos mais bem elaborados do filme, com o excelente roteiro novamente escrito pelos dois atores e o diretor. Algumas tiradas são fantásticas, o humor – às vezes pendendo quase para o humor negro – está presente em boa parte das conversas.

Jesse e Celine se conhecem tão bem depois de tanto tempo, que as constantes discussões do casal são recheadas de alfinetadas. Arrisco a dizer que ambos sabem exatamente o que dizer, em que ponto fraco tocar para derrubar os argumentos do outro. Celine está muito mais neurótica do que já era, o que se torna combustível para as brigas.

Se em Antes do Pôr-do-Sol tínhamos a premissa de que o amor conseguiria suportar os anos de separação que eles tiveram, aqui em Antes da Meia-Noite temos o questionamento, a dúvida, de quanto o amor é capaz de resistir depois de tantos anos juntos. Um belíssimo filme, que a meu ver pelo menos, pode encerrar de forma brilhante a história do jovem casal que se conheceu em um trem na Europa 18 anos atrás.


Rua Marquês do Pombal, 128 – Moinhos de Vento – Porto Alegre/RS
Fone: (51) 3395 3848
Horário de funcionamento: 5ª e 6ª das 11h às 20h e sábados das 10h às 18h (almoço servido após 12h30)

2 comentários:

  1. Além da análise da Luciana, complemento dizendo que funciona muito melhor ver Antes da Meia-Noite revendo os anteriores o quanto antes. Fiz isso nesse fim de semana e o terceiro se tornou ainda melhor. Você consegue reparar nas mudanças de Ethan (de cara calado no trem para um pai super preocupado e falante com o filho), uma linda Delpy para uma pessoa que ainda segue linda, mas muito mais marcada pelo tempo, pelas dificuldades de se viver em uma sociedade moderna, sendo mãe de família e fugindo do esperiótipo dona de casa/doméstica. Os diálogos continuam excepcionais e como bem lembro a Luciana, em alguns momentos ficam próximos do delicioso humor negro ("a vantagem de ser uma mulher com mais de 35 anos é a chance menor de ser estuprada"). Mas a trama evolui, assim como 18 anos se passaram...o filme deixa de ser um romance? Longe disso, mas aquele ar de jovens desbravadores dá margem para adultos com suas angústias cada vez mais presentes, brigas por qualquer motivo e o mais difícil, como contornar isso sem parecer superficial? Veja o filme e tire suas conclusões. A minha é: Antes da Meia-Noite continua tão excelente quanto os que o antecedem. E Julie Delpy, por mais neurótica que estava, continua linda, ufa! Quanto a beleza do Ethan Hawke, deixo a ala feminina se manifestar...rsss

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  2. Gente, que lugar interessante em todos os sentidos! Decoração, cardápio comida...Babei nos dois hamburgueres!
    Ótimo post :)

    Beijos
    Renata Diem

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