Então, resolvemos variar um pouco dessa vez e
registrar nossas peripécias na cozinha. Deixando bem claro que: eu cozinho e o
Maza tira as fotos e tenta de provar de tudo enquanto estou cozinhando... hehe
Em um belo sábado resolvi me aventurar no
centro, meu destino foi o Mercado Público, onde acho que seja o melhor lugar
para comprar determinados produtos, como por exemplo, camarão.
Primeiras aliadas:
A janta será simples dessa vez, sem estrada: um strogonoff de
camarão com acompanhamentos e de sobremesa um ganache de chocolate com morangos.
Vamos lá!
Primeiro os ingredientes do ganache:
- morangos
- 1 caixinha ou lata de leite condensado
- a mesma medida de leite
- 2 gemas
- 2 colheres de sopa de maisena (ou farinha de
trigo)
- 2 barras de chocolate, sendo 1 ao leite e 1
meio amargo
- 1 lata de creme de leite sem soro (pode usar
em caixinha)
Em uma panela dissolvi a maisena no leite e
misturei as gemas, mas antes tirei a película – ela é a vilã do ‘cheiro de ovo’
nos doces. Misturei o leite condensado e levei ao fogo, mexendo o doce até
engrossar e virar um creme.
Morangos lavadinhos e esperando na forma... hehe
mas não esqueça de deixar uns pra decorar.
Vamos ao próximo passo: chocolate quebrado em
tabletinhos e colocado para derreter em banho-maria.
Depois de derretido, tiramos do fogo e
misturamos uma lata (ou caixinha) de creme de leite sem soro. Aqui deixo uma
dica que desenvolvi ao longo dos meus anos de cozinha (sim, modéstia à parte,
eu cozinho muito bem =P): se fores usar o creme de leite em caixinha, uns 15
minutos antes coloque ele em um potinho ou algo do tipo e leve ao congelador,
ele ganha um pouco de consistência e facilita o uso.
Tudo preparado? Vamos montar o doce!
Por cima dos morangos eu coloco o creme branco.
E por cima disso, o nosso ganache. Olha que
belezura!
O doce pronto foi pra geladeira e vamos agora organizar
a bagunça e preparar a janta em si (créditos das fotos para o Maza... hehe).
Buenas, como disse lá no início, fui ao Mercado
Público cedo da manhã comprar camarões. E olha, vale a pena, são fresquinhos,
grandes e com um preço mais acessível que nos mercados. Aproveitei e comprei 2 Pitus
para enfeitar o prato, olha os bichos aí na panela! Depois de cuidadosamente
escovados e lavados, coloquei para ferver com água, algumas gotas de limão, um
pouco de sal e pimenta do reino preta.
E os outros camarões já aguardando para serem
usados.
Infelizmente depois de ferventados, meus Pitus
não duraram muito bonitinhos como estavam, pois o Maza insistiu e insistiu até
que eu ‘depenasse’ os bichos: foram-se as patas, olhos, antenas e outros. Ele
disse que o bicho era feio. Pode? hehehe
De volta às panelas!
Arroz branco, esse não pode faltar! E eu costumo usar esse
temperinho aí pra dar um sabor diferenciado, não gosto muito de por cebola no
arroz.
Enquanto eu ia cuidando das panelas, o Maza
resolveu aprontar e colocou o próprio balde de gelo com água no congelador...
... resultado?
Está aí! Ele sabe das coisas... hehehe
Os ingredientes (vou listando aos poucos) do strogonoff de
camarão já dispostos, só esperando para serem usados: camarões,
champignon e sal.
Cebolinha picada.
O creme de leite (2 caixinhas) indo para o
congelador.
Noz moscada e pimenta do reino. Ok, eu sei que
muita gente vai dizer que não se misturam esses dois temperos, mas eu consigo
dosar de forma que um não anule o outro.
Cebola na panela, com um pouco de manteiga de
aviação (amoooo) e azeite de oliva.
Camarões à postos!
Depois de levemente refogados, acrescentei os
champignons e o creme de leite e pronto.
Vamos ao ataque!
E é claro, tudo acompanhado por um excelente Pinot Noir
Castillo de Molina (2006) (ao fundo você poderá notar que temos
alguns dvd’s da preciosa coleção do Maza... rs).
Depois de muito papo, essa janta e esse vinho
maravilhoso, chegou a hora de provar nosso ganache, que ficou na geladeira por
umas 4 horas (a foto não ajudou muito, mas convenhamos, foi depois de uma
garrafa de vinho! rsrsrsrs).
Era isso! Essa janta, com sobremesa e sem contar
o vinho (que o Maza já tinha na adega dele), temperos e passagens (risos), nos saiu em torno
de 60 a 65 reais (o vilão do preço é o camarão... =P).
Esperamos logo trazer outro post desses, bem
diferentes, pois eu amo cozinhar, e o Maza... O Maza é bom de garfo e adora
tirar fotos! rsrsrsrs (brincadeira, ele também se aventura na cozinha... hehe).
Tudo muito bem, tudo muito bom, mas não vamos
fugir tanto assim à tradição. Vamos falar de filme sim, mas antes quero
comentar sobre livros. Conheci a trilogia Millennium meio que por acaso, estava
na Livraria Cultura do Bourbon Country fazendo uma compra qualquer (não me
pergunte o que eu comprava, minha memória é péssima...), quando no caixa ganhei
aqueles livretinhos de ‘amostra’ de livros, sabem? Aqueles que trazem um ou
mais capítulos de um livro a fim de te fazer comprá-lo depois. Será que ainda
existe isso?? Bom, existia nessa época e eu ganhei... como estava dizendo, esse
livreto era do livro A Menina Que
Brincava com Fogo. Li o folheto e de cara me interessei, quando fui
pesquisar fiquei sabendo que se tratava do segundo livro de uma trilogia.
Comprei o primeiro, Os Homens que Não
Amavam as Mulheres, e devorei. Claro, depois li os outros dois livros.
Quando foi lançado por aqui o filme sueco
baseado no livro, assisti no fim de semana de estreia e adorei o filme. Achei
super fiel ao livro e tal. Depois disso vi o filme mais umas duas vezes, e na
última resultou a crítica abaixo:
“A primeira adaptação para os cinemas de Os Homens Que Não Amavam as Mulheres foi em 2009, pelo diretor Niels Arden Oplev (To verdener, 2008). Essa versão
sueca é extremamente fiel ao livro, com poucas alterações e algumas inclusões
que só fizeram melhorar a qualidade do projeto. Foram lançados também os filmes A Menina que Brincava Com Fogo (Suécia, 2009) e A Rainha do
Castelo de Ar (Suécia, 2009), ambos dirigidos por Daniel
Alfredson, e excelentes filmes, que infelizmente não chegaram aos cinemas
brasileiros. Agora em 2012 teremos a versão de Os Homens Que Não Amavam as Mulheres dirigida pelo sempre versátil David Fincher, o que de antemão já nos
garante boa parcela de sucesso do projeto. Mas, enquanto isso, vamos ao
excelente filme de Niels, com suas tramas para lá de envolventes.
Jornalista e um dos sócios da Revista
Millennium, Mikael Blonkvist (Michael Nyqvist) é condenado por difamar
Hans-Erik Wennerström (Stefan Sauk), nome importante no mundo das finanças.
Paralelamente às investigações deste caso, Mikael é investigado por Lisbeth
Salander (Noomi Rapace) a pedido do empresário Henrik Vanger (Sven-Bertil
Taube). Henrik acredita que sua sobrinha Harriet foi assassinada e que Mikael é
capaz de lhe ajudar a desvendar o caso. O empresário o contrata e o convida a
passar um período na Ilha Hedeby, local onde reside boa parte da família
Vanger.
Mikael aos poucos vai se infiltrando nas teias
da família, e com a bem-vinda e inesperada ajuda de Lisbeth se deparam com uma
série de crimes hediondos que eles acreditam ter tudo a ver com o sumiço de
Harriet. Calcado no suspense que se cria, Niels nos conduz aos mais obscuros
segredos e revelações. E Lisbeth é de grande importância na trama.
Em contrapartida a garota se encontra em
situação nada confortável com seu tutor Nils Bjurman (Peter Andersson), que se
aproveitando do fato da tutela, tenta manipular a garota. Lisbeth é uma figura
incrível na história, e as pistas deixadas pelo excelente roteiro de Nikolaj
Arcel e Rasmus Heisterberg para a sequência são de extrema importância, já que
nas duas continuações a protagonista tem muito mais espaço do que nessa
primeira parte da história. É claro que este filme funciona perfeitamente bem
sozinho, mas suas continuações agregam fatos importantes à trama, a fim de que
conheçamos melhor Lisbeth. É inevitável que eu fale das continuações, pois para
mim esta é uma trilogia fantástica. Tanto os livros, quanto os filmes são
impecáveis.
Ainda no tocante ao roteiro, Nikolaj Arcel e
Rasmus Heisterberg foram extremamente eficazes ao escrevê-lo, pois não deixam
pontas soltas, alinhavam a trama de forma envolvente e ainda, contando com a
excelente montagem de Anne Østerud fazem com que tenhamos vontade de ver e
rever o filme, tamanha a satisfação que temos ao assisti-lo. Palmas também para
os diretores de fotografia Jens Fischer e Eric Kress, pois cada plano parece
ter sido alinhado à sua luz exata, visto o resultado esteticamente perfeito que
temos.
Vale ressaltar as excelentes atuações de Michael
Nyqvist e Noomi Rapace, sendo que esta última merece ainda mais destaque. Como
Lisbeth, uma hacker perturbadíssima, mas extremamente eficiente, Noomi parece ser a própria,
tamanha a versatilidade e entrega da atriz ao papel. O olhar penetrante de
Lisbeth e sua conduta um tanto quanto duvidosa só fazem com que simpatizemos
ainda mais com ela. A atuação de Tauber como o patriarca da conturbada e
extensa família Vanger também está impecável, da mesma forma que as atuações
mais secundárias também não deixam a desejar.
Passando ao que diz respeito à trilha sonora, as
composições de Jacob Groth são incríveis e se encaixam de maneira absoluta ao
filme, não aparecendo somente nos momentos mais importantes, mas estando
presentes em quase toda a obra, fazendo com que mesmo depois de terminado o
filme ainda tenhamos vontade de continuar a escutá-la. Aliás, os três filmes
contam com a música de Jacob Groth, mais um motivo para procurar assistir às
continuações.
A inserção de imagens adicionais em meio à
linearidade com que é apresentada a história, ou os poucos flashes apresentados não comprometem em nada o projeto, ao
invés disso somam qualidade ao longa. O tempo passa de forma quase que
despercebida enquanto os acontecimentos vão-se apresentando naturalmente aos
olhos do espectador, tornando o filme ainda mais intenso, mesmo tendo em torno
de 2 horas e meia de duração.
Com um terceiro ato eletrizante, o já citado
excelente roteiro nos entrega um final coeso e crível, amarrando todas as
pontas e nos colocando diante dos olhos o resultado das ações dos personagens e
de suas escolhas, deixando claro que cada um deles agora deve seguir no caminho
que escolheu e colher os frutos de suas ações, sejam eles bons ou ‘podres’.
É de se pensar que Stieg Larsson – caso
estivesse vivo – aplaudiria de pé o resultado da adaptação de sua obra, assim
como fez José Saramago ao assistir a Ensaio Sobre a Cegueira.”
Adorei tanto os livros quantos os filmes. Assisti todos os suecos. A versão americana não atrapalha muito. Mas as suecas são impecáveis. Parabéns aos dois (Maza e Luciana), os post de vocês são ótimos.
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