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Livraria Cultura

Pré Venda Harry Potter

03/04/2013

Janta especial no apartamento do Maza!


Então, resolvemos variar um pouco dessa vez e registrar nossas peripécias na cozinha. Deixando bem claro que: eu cozinho e o Maza tira as fotos e tenta de provar de tudo enquanto estou cozinhando... hehe

Em um belo sábado resolvi me aventurar no centro, meu destino foi o Mercado Público, onde acho que seja o melhor lugar para comprar determinados produtos, como por exemplo, camarão.

Primeiras aliadas:

A janta será simples dessa vez, sem estrada: um strogonoff de camarão com acompanhamentos e de sobremesa um ganache de chocolate com morangos.

Vamos lá!

Primeiro os ingredientes do ganache:

- morangos
- 1 caixinha ou lata de leite condensado
- a mesma medida de leite
- 2 gemas
- 2 colheres de sopa de maisena (ou farinha de trigo)
- 2 barras de chocolate, sendo 1 ao leite e 1 meio amargo
- 1 lata de creme de leite sem soro (pode usar em caixinha)


Em uma panela dissolvi a maisena no leite e misturei as gemas, mas antes tirei a película – ela é a vilã do ‘cheiro de ovo’ nos doces. Misturei o leite condensado e levei ao fogo, mexendo o doce até engrossar e virar um creme.


Morangos lavadinhos e esperando na forma... hehe mas não esqueça de deixar uns pra decorar.


Vamos ao próximo passo: chocolate quebrado em tabletinhos e colocado para derreter em banho-maria.


Depois de derretido, tiramos do fogo e misturamos uma lata (ou caixinha) de creme de leite sem soro. Aqui deixo uma dica que desenvolvi ao longo dos meus anos de cozinha (sim, modéstia à parte, eu cozinho muito bem =P): se fores usar o creme de leite em caixinha, uns 15 minutos antes coloque ele em um potinho ou algo do tipo e leve ao congelador, ele ganha um pouco de consistência e facilita o uso.


Tudo preparado? Vamos montar o doce!


Por cima dos morangos eu coloco o creme branco.


E por cima disso, o nosso ganache. Olha que belezura!


O doce pronto foi pra geladeira e vamos agora organizar a bagunça e preparar a janta em si (créditos das fotos para o Maza... hehe).


Buenas, como disse lá no início, fui ao Mercado Público cedo da manhã comprar camarões. E olha, vale a pena, são fresquinhos, grandes e com um preço mais acessível que nos mercados. Aproveitei e comprei 2 Pitus para enfeitar o prato, olha os bichos aí na panela! Depois de cuidadosamente escovados e lavados, coloquei para ferver com água, algumas gotas de limão, um pouco de sal e pimenta do reino preta.


E os outros camarões já aguardando para serem usados.


Infelizmente depois de ferventados, meus Pitus não duraram muito bonitinhos como estavam, pois o Maza insistiu e insistiu até que eu ‘depenasse’ os bichos: foram-se as patas, olhos, antenas e outros. Ele disse que o bicho era feio. Pode? hehehe


De volta às panelas!

Arroz branco, esse não pode faltar! E eu costumo usar esse temperinho aí pra dar um sabor diferenciado, não gosto muito de por cebola no arroz.


Enquanto eu ia cuidando das panelas, o Maza resolveu aprontar e colocou o próprio balde de gelo com água no congelador...


... resultado?


Está aí! Ele sabe das coisas... hehehe


Os ingredientes (vou listando aos poucos) do strogonoff de camarão já dispostos, só esperando para serem usados: camarões, champignon e sal.


Cebolinha picada.


O creme de leite (2 caixinhas) indo para o congelador.


Noz moscada e pimenta do reino. Ok, eu sei que muita gente vai dizer que não se misturam esses dois temperos, mas eu consigo dosar de forma que um não anule o outro.


Cebola na panela, com um pouco de manteiga de aviação (amoooo) e azeite de oliva.


Camarões à postos!


Depois de levemente refogados, acrescentei os champignons e o creme de leite e pronto.

Vamos ao ataque!


E é claro, tudo acompanhado por um excelente Pinot Noir Castillo de Molina (2006) (ao fundo você poderá notar que temos alguns dvd’s da preciosa coleção do Maza... rs).


Depois de muito papo, essa janta e esse vinho maravilhoso, chegou a hora de provar nosso ganache, que ficou na geladeira por umas 4 horas (a foto não ajudou muito, mas convenhamos, foi depois de uma garrafa de vinho! rsrsrsrs).


Era isso! Essa janta, com sobremesa e sem contar o vinho (que o Maza já tinha na adega dele), temperos e passagens (risos), nos saiu em torno de 60 a 65 reais (o vilão do preço é o camarão... =P).

Esperamos logo trazer outro post desses, bem diferentes, pois eu amo cozinhar, e o Maza... O Maza é bom de garfo e adora tirar fotos! rsrsrsrs (brincadeira, ele também se aventura na cozinha... hehe).

Tudo muito bem, tudo muito bom, mas não vamos fugir tanto assim à tradição. Vamos falar de filme sim, mas antes quero comentar sobre livros. Conheci a trilogia Millennium meio que por acaso, estava na Livraria Cultura do Bourbon Country fazendo uma compra qualquer (não me pergunte o que eu comprava, minha memória é péssima...), quando no caixa ganhei aqueles livretinhos de ‘amostra’ de livros, sabem? Aqueles que trazem um ou mais capítulos de um livro a fim de te fazer comprá-lo depois. Será que ainda existe isso?? Bom, existia nessa época e eu ganhei... como estava dizendo, esse livreto era do livro A Menina Que Brincava com Fogo. Li o folheto e de cara me interessei, quando fui pesquisar fiquei sabendo que se tratava do segundo livro de uma trilogia. Comprei o primeiro, Os Homens que Não Amavam as Mulheres, e devorei. Claro, depois li os outros dois livros.

Quando foi lançado por aqui o filme sueco baseado no livro, assisti no fim de semana de estreia e adorei o filme. Achei super fiel ao livro e tal. Depois disso vi o filme mais umas duas vezes, e na última resultou a crítica abaixo:

“A primeira adaptação para os cinemas de Os Homens Que Não Amavam as Mulheres foi em 2009, pelo diretor Niels Arden Oplev (To verdener, 2008). Essa versão sueca é extremamente fiel ao livro, com poucas alterações e algumas inclusões que só fizeram melhorar a qualidade do projeto. Foram lançados também os filmes A Menina que Brincava Com Fogo (Suécia, 2009) e A Rainha do Castelo de Ar (Suécia, 2009), ambos dirigidos por Daniel Alfredson, e excelentes filmes, que infelizmente não chegaram aos cinemas brasileiros. Agora em 2012 teremos a versão de Os Homens Que Não Amavam as Mulheres dirigida pelo sempre versátil David Fincher, o que de antemão já nos garante boa parcela de sucesso do projeto. Mas, enquanto isso, vamos ao excelente filme de Niels, com suas tramas para lá de envolventes.


Jornalista e um dos sócios da Revista Millennium, Mikael Blonkvist (Michael Nyqvist) é condenado por difamar Hans-Erik Wennerström (Stefan Sauk), nome importante no mundo das finanças. Paralelamente às investigações deste caso, Mikael é investigado por Lisbeth Salander (Noomi Rapace) a pedido do empresário Henrik Vanger (Sven-Bertil Taube). Henrik acredita que sua sobrinha Harriet foi assassinada e que Mikael é capaz de lhe ajudar a desvendar o caso. O empresário o contrata e o convida a passar um período na Ilha Hedeby, local onde reside boa parte da família Vanger.


Mikael aos poucos vai se infiltrando nas teias da família, e com a bem-vinda e inesperada ajuda de Lisbeth se deparam com uma série de crimes hediondos que eles acreditam ter tudo a ver com o sumiço de Harriet. Calcado no suspense que se cria, Niels nos conduz aos mais obscuros segredos e revelações. E Lisbeth é de grande importância na trama.

Em contrapartida a garota se encontra em situação nada confortável com seu tutor Nils Bjurman (Peter Andersson), que se aproveitando do fato da tutela, tenta manipular a garota. Lisbeth é uma figura incrível na história, e as pistas deixadas pelo excelente roteiro de Nikolaj Arcel e Rasmus Heisterberg para a sequência são de extrema importância, já que nas duas continuações a protagonista tem muito mais espaço do que nessa primeira parte da história. É claro que este filme funciona perfeitamente bem sozinho, mas suas continuações agregam fatos importantes à trama, a fim de que conheçamos melhor Lisbeth. É inevitável que eu fale das continuações, pois para mim esta é uma trilogia fantástica. Tanto os livros, quanto os filmes são impecáveis.


Ainda no tocante ao roteiro, Nikolaj Arcel e Rasmus Heisterberg foram extremamente eficazes ao escrevê-lo, pois não deixam pontas soltas, alinhavam a trama de forma envolvente e ainda, contando com a excelente montagem de Anne Østerud fazem com que tenhamos vontade de ver e rever o filme, tamanha a satisfação que temos ao assisti-lo. Palmas também para os diretores de fotografia Jens Fischer e Eric Kress, pois cada plano parece ter sido alinhado à sua luz exata, visto o resultado esteticamente perfeito que temos.

Vale ressaltar as excelentes atuações de Michael Nyqvist e Noomi Rapace, sendo que esta última merece ainda mais destaque. Como Lisbeth, uma hacker perturbadíssima, mas extremamente eficiente, Noomi parece ser a própria, tamanha a versatilidade e entrega da atriz ao papel. O olhar penetrante de Lisbeth e sua conduta um tanto quanto duvidosa só fazem com que simpatizemos ainda mais com ela. A atuação de Tauber como o patriarca da conturbada e extensa família Vanger também está impecável, da mesma forma que as atuações mais secundárias também não deixam a desejar.


Passando ao que diz respeito à trilha sonora, as composições de Jacob Groth são incríveis e se encaixam de maneira absoluta ao filme, não aparecendo somente nos momentos mais importantes, mas estando presentes em quase toda a obra, fazendo com que mesmo depois de terminado o filme ainda tenhamos vontade de continuar a escutá-la. Aliás, os três filmes contam com a música de Jacob Groth, mais um motivo para procurar assistir às continuações.

A inserção de imagens adicionais em meio à linearidade com que é apresentada a história, ou os poucos flashes apresentados não comprometem em nada o projeto, ao invés disso somam qualidade ao longa. O tempo passa de forma quase que despercebida enquanto os acontecimentos vão-se apresentando naturalmente aos olhos do espectador, tornando o filme ainda mais intenso, mesmo tendo em torno de 2 horas e meia de duração.

Com um terceiro ato eletrizante, o já citado excelente roteiro nos entrega um final coeso e crível, amarrando todas as pontas e nos colocando diante dos olhos o resultado das ações dos personagens e de suas escolhas, deixando claro que cada um deles agora deve seguir no caminho que escolheu e colher os frutos de suas ações, sejam eles bons ou ‘podres’.

É de se pensar que Stieg Larsson – caso estivesse vivo – aplaudiria de pé o resultado da adaptação de sua obra, assim como fez José Saramago ao assistir a Ensaio Sobre a Cegueira.”


Obs.: Esta crítica foi postada originalmente e na íntegra, no Fila K em 25/01/2012.

Um comentário:

  1. Adorei tanto os livros quantos os filmes. Assisti todos os suecos. A versão americana não atrapalha muito. Mas as suecas são impecáveis. Parabéns aos dois (Maza e Luciana), os post de vocês são ótimos.

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