Dia desses retornamos à Excalibur Forneria, pizzaria
temática que conhecemos ali nas proximidades da Nilo Peçanha. O local é bem
rústico e alguns ambientes lembram os salões de um castelo. Vamos conhecer?
De cara é possível perceber que o local tem
mesmo essa coisa de ambiente temático, de lembrar essa coisa da távola redonda,
dos mitos e lendas... acho bala esse lance de paredes com tijolinhos expostos,
por assim dizer.
Esse tipo de ambiente proporciona corredores
ainda mais sinistros entre os ambientes... muito bom, no mínimo.
Um toque de pavor? Não sei, na real gostei, mas
achei foi engraçado...
Mas também é um ambiente que sabe lidar bem com
as preocupações atuais, um cara com requintes seculares, mas com cuidados
modernos. Sei que muita gente deve amarrar a cara com isso, mas eu não me
incomodo de ver uma adega climatizada dividindo espaço com um extintor de
incêndio, levo na boa...
E sempre próximas das mesas, grandes telas
sempre exibindo shows e outros para o seu público. Confesso que já fui ao local
com melhores shows, tipo U2, Eric Clapton... mas vá lá, tem quem ame Cidade
Negra, beleza então.
Voltando ao ambiente, um pouco da história da já
comentada Távola Redonda... em um ambiente diferente, com sofazinho e
almofadas. Aliás, cada salão tem um estilo de decoração por assim dizer.
E claro, a Lenda de Excalibur!
Tem até umas poções mágicas e outros feitiços,
em um dos ambientes da casa, mas nem quis me animar a tocar nelas, vai que rola
um stress e o feitiço vira contra o feiticeiro (não sou feiticeiro, mas nesse
texto faz de conta que sou, valeu pessoal).
Ou com esses livros aqui... olha só, tem até
umas indicações de vinho/champagne...
Mas sério, Peruzzo até pode ser muito bom e
tudo, mas a última vez que provamos um Peruzzo foi uma enorme dor de cabeça e
ressaca (não lembra/não leu? Saiba mais aqui),
pulamos dessa vez, em prol de nossa saúde e maus pressentimentos, por assim
dizer.
Beleza, tem foto, tem descrição do ambiente... mas
e a comida? Vamos lá então... de cara pedimos lascas de massa de pizza, com orégano,
mussarela e alho... muito bom, e muito, mas muito bem servido!
Tempero com azeite, berinjela e outros, matador,
é pra já!
Enquanto isso, já fizemos nosso pedido da pizza
principal e lá vai a Luciana verificar o pizzaiolo trabalhando...
E chegou a bendita, enorme, quente e saborosa!
Sente só a Burgo, de coração!
E que tal a Baronesa 2? Essa é picanha ao alho e óleo, tri boa!
E aqui a Borgonha: mussarela, peperoni (que estava em falta no dia
e foi sugerido que trocássemos por salame italiano), cebola e ovo estrelado.
As pizzas são bem boas, só a Luciana achou que
faltava sal em alguns momentos... rsrs
Pra lá de satisfeitos, pagamos pouco mais de 69 reais
(incluindo bebidas e com cupom de compra coletiva, sem isso a conta ficaria em
torno de 100 reais) e deixamos sobrar algumas lascas e pizzas. E cara, eu prezo
muito ir para casa com embalagem do local. Sabe tu ir ao Armazém do Bibi e
levar embalagem para casa como o nome Armazém do Bibi? Pois é, acho fundamental
isso, marcar presença, estabelecer o nome até na embalagem. E isso a Excalibur
tem e de maneira eficiente! A Excalibur é assim, uma pizzaria temática que
vale a pena retornar sempre que possível por lá.
E o café da manhã do dia seguinte estava
garantido!
E poderíamos aqui pensar em algo diferente,
original, inovador... mas vamos falar sobre o filme... Excalibur (eu avisei que não
seria original...)!
Antes de falar sobre o filme, cabe uma breve
historinha: é muito bom essa coisa de conciliar gastronomia e cinema, comida e
filmes. Em boa parte dos casos nós já vimos os filmes, acabamos escrevendo com
base em nossas lembranças e, em vários casos, revemos o filme, para tentar
trazer ao leitor algo um pouquinho mais detalhado sobre a obra. Só que às vezes
a gente vai olhar o filme pela primeira vez e aquilo que parecia ser um baita
filme se mostra o contrário, ou próximo disso.
Dito isso, Excalibur (o filme) trata da espada que dá
nome ao filme e toda sua história, toda a mitologia que a envolve, tais como
seus personagens como Rei Uther Pendragon, Rei Arthur, o Mago Merlin, Lancelot
e outros tantos. O resultado em cena se não é de todo frustrante, tem sua
parcela de erros.
O filme tem o estilo clássico de capa e espada,
confrontos por terra, sexo e violência, feiticeiros e tudo mais, tudo
acontecendo no período da Idade Média. A todo o momento percebemos que para a resolução de conflitos, a batalha, o confronto
frente a frente é a solução imediata (o que fica claro em um diálogo de um dos
cavaleiros com outro: ‘conversa é para amantes’). Outro ponto ressaltado é a
importância da Espada de Excalibur para aquele ambiente. A espada Excalibur
representava muito mais que um elemento de guerra, de defesa pessoal. Excalibur
representava poder, segurança, estabilidade. Isso fica muito claro quando em
determinado momento a Excalibur é quebrada é o comentário imediato foi de que a
esperança havia sido quebrada.
Todavia, o filme tem uma montagem irregular, tendo
passagens curtas e plenamente desnecessárias, cortando já para outra cena. A
trilha sonora é ótima, evocando desde Carmina Burana à Prelúdio e Morte do Amor de Tristão e Isolda, de Richard Wagner (música que recentemente se
fez presente na abertura e término de Melancolia, de Lars Von Trier), mas
infelizmente em vários momentos a música se fazia presente em ocasiões que
talvez o silêncio se faria melhor. Se não bastasse isso, o diretor John
Boorman mostra não dominar a mise-en-scène
em cenas de batalha, onde observamos os confrontos e por vezes temos
dificuldade em distinguir ‘o bem e o mal’. E não se pode esquecer a
variedade de gêneros que o filme nos traz, desde comédia com o Mago Merlin
(alívio cômico da obra), ao falso clima épico de batalhas, e passando até pelo
terror em certos momentos (Que na prática são mais situações de constrangimento
do que ser assustadoras em si).
No fim das contas, Excalibur funciona como uma obra
abaixo do esperado, que merece um filme bem superior em relação à história da
lendária espada, dos Cavaleiros da Távola Redonda e outros (engraçado é falar
de Excalibur e lembrar que os melhores filmes que envolvem tais temas são filmes
como a trilogia The Evil Dead e Monty Python e o Cálice Sagrado, filmes
claramente voltados para a comédia e ainda que haja terror em The Evil Dead,
existe sim um humor sarcástico, escrachado, por assim dizer). Para os Cinéfilos
ao menos o filme funciona para ver nomes como Gabriel Byrne, Patrick Stewart,
Hellen Mirren e Liam Neeson em papéis coadjuvantes/início de carreira.
Rua Espiridião de Lima Medeiros, 238 – Três
Figueiras – Porto Alegre/RS
Fone: (51) 3332 0404 / Reservas e eventos: (51)
4100 2446
Horário de funcionamento: de 3ª a domingo das
19h às 23h
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