Tal
pai, tal filho. Filho de peixe, peixinho é. Coloque aqui outros ditos populares
similares. Mais de uma vez já comparecemos ao restaurante Schullas,
o original. A comida é a mesma, mas sei lá, o clima não é o mesmo. Sempre
quando penso em Schullas, penso nesse aqui, o que surgiu depois, o Schullinhas
(para os íntimos). E este aqui nunca decepciona (não que o outro decepcione,
mas... ao menos no fim do texto vocês entenderão).
O
Schullinhas tem um lado mais caseiro, os garçons são daqueles que se você já
foi ao local na década passada deve ter passado por eles (ô, psiu, vamos para o
futuro: quando você for ao local na próxima década, também encontrará eles por
cá...voltando ao presente), sempre muito pacientes e educados.
Eu
e a Luciana sempre ficamos na mesma mesa, mais ao canto. Próximo da lareira
(sim, que na foto ela aparece assim, simples, mas já fomos lá no inverno de outro ano e
funciona que é uma beleza!).
E
do relógio estilo cuco, a cada 30 minutos algumas badaladas sempre escutamos.
De
onde ficamos temos essa visão do salão, local pra lá de aconchegante.
Dessa
vez, optamos por uma entrada diferente de outras vezes, pastéis de queijo e camarão...
vieram acompanhados com um molho especial.
Pastelzinho
da hora que os caras fazem: bem recheado, macio por dentro, levemente crocante
por fora... um pedido sem erro.
E
pensa bem, acompanhadinho desse molho... hummm
O
de camarão...
...
e o de queijo.
Mas
vamos ao prato principal (sobre isso, o cardápio é outra coisa agradável, sem muitas
páginas, firulas e enrolações: descrições dos pratos, nome, preço e beijo do
gordo, fim).
Fomos
de massa, pedimos a Pappardelle Alfredo di Roma – como diz a
descrição no cardápio, massa com molho branco, nata, queijo parmesão gratinado
e escalopes de filé.
E
na hora de servir... ah, chegou na nossa mesa o já clássico e confirmado mestre
de cerimônias Donato, o cara é daqueles que podemos descrever de figura rara.
Sempre cordial, de fala mansa, mas de conhecimento amplo. Fala das histórias do
local, de pessoas que já chegaram ali achando que estavam no Schullas e só
tempos depois é que perceberam do engano. Aliás, enquanto nos servia massa
(como você confere abaixo), nos recomendou o seu prato preferido e indicado
para nossa próxima ida: Filé Osvaldo Aranha. Em torno de 600 gramas de carne e
mais 350, 400 gramas de alho... Mago Donato, já sei o que pedirei na próxima
vez!
Nosso
prato estava delicioso, a massa quente e bem servida. O filé suave, cortado
quase que com colher (mais um estabelecimento em que se corta carne com
colher...clap clap clap!), o molho branco...e putz, eu nem sei se na prática
isso é fácil ou não se fazer mas meus olhos brilham quando observo um prato de
massa e observo que ela está gratinada...’o mundo é um lugar bom e vale a pena
lutar por ele’, diria Ernest Hemingway. E digo, por uma massa gratinada, a
tarefa fica mais fácil!
Vamos
lá, olha mais de pertinho.
Muito
satisfeitos com a parte ‘salgada da coisa’, mandamos embalar. E recebemos a
embalagem plenamente recheada, algo que infelizmente já tivemos problemas no
Schullas pai (quando em mais de uma vez recebemos as ‘sobras’ com menos comida
do que de fato havia sobrado na mesa).
Mas vamos parar? Não, pararíamos se fossemos fracos, não é o nosso caso. Vamos nos doces. E lá voltou o Donato trazendo um pratinho e...UOUUUUU
De novo...UOUUUUUUU
Simplicidade e sabor ganha pontos na sobremesa? Sim senhor!
Fomos
de chocolate com recheio de Ganache (alô Dado Bier, vocês não são legais em tirar o
mousse de ganache do cardápio de sobremesa, Ganache = vida, melhor mundo,
vitória épica e assim por diante), um outro doce ninho de fios de ovos que a
Luciana escolheu e igualmente aprovou e mais um que era de chocolate. Nada mal
para doces que chegaram em um pratinho, discreto.
O
de ganache:
O
ninho de fios de ovos:
E o
de chocolate puro:
A
Lu ainda pediu um café (só pra variar... rsrsrs) e achou tão perfeito, tão no
ponto que mais que rapidamente perguntou se eles tinham um barista na casa.
A
resposta veio em forma desse pacotinho de onde sai um sachê que colocado na
máquina dispensa esse café maravilhoso que experimentamos.
Pagamos
a conta (em
torno de 100 reais), e vejam que maravilha quando recebemos a conta
com nossos pedidos anotados a mão.
O
que mais posso dizer? Satisfação garantida e já pensando em como deve ser o
Filé Osvaldo Aranha, pedido já reservado para a próxima vez nos ser servido... pelo
Seu Donato, claro!
Tenho
lá meus orgulhos quando o assunto são sessões de cinema. Não tenho vergonha de
ir ao cinema para ver filmes ruins, na maioria das vezes não são eles que me
envergonham e sim as pessoas que vão ao cinema (por essas e outras, cinema
vazio é vida). Acho divertido, bonito até, ver algumas pessoas de mais idade
comentarem: vi Ben-Hur nos cinemas, vi 2001 com uma sessão lotada e sem
barulho, etc. Bom, também tenho desses momentos e um deles aconteceu em uma
quinta abafada de dezembro de 1995. Lembro que o verão já chegava com tudo e
nisso, um filme tinha estreado, com comentários elogiosos. Assim fui ver Seven. E não me decepcionei.
O
filme de David Fincher acerta no roteiro que não tem interesse em mostrar as
mortes, mas sua insinuação já é mais do que suficiente para causar arrepios na
plateia. Sua trilha sonora é de qualidade e marca presença. O elenco traz um
Brad Pitt bem diferente daquele que até então o público estava acostumado a ver
(sempre com sorriso no rosto, cabelos longos e se possível, com pouca ou sem
roupa), Morgan Freeman como experiente Detetive, Kevin Spacey absurdamente
insano na pele de John Doe... e claro, Gwyneth Paltrow em sua maior
contribuição para o cinema (que é perder a ...... ao final do filme). Já que
falávamos do final, que desfecho poderoso, digno de acabar e ficarmos pensando
nele. Um filme que está quase completando a maioridade e segue envelhecendo
muito bem... um dos ótimos filmes lançados nos anos 90!
Rua
Cândido Silveira, 222 – Auxiliadora – Porto Alegre/RS
Fone:
(51) 3013 4479
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