Nunca
fui de fazer festas de aniversário. Nem tanto Happy Hour’s. O segundo, pelo
fato de a maioria das pessoas não ter o costume de comparecer (isso mudou um
pouco de 2010 para cá, meus amigos cinéfilos não costumam me sacanear, grato
pessoal!) e o primeiro... sei lá, nunca foi meu estilo. Mas então pensei, por
que não comemorar, nem que seja para ganhar presentes? E assim foi. E um local em
que inúmeros HH’s e aniversários foram comemorados por este que vos escreve foi
a maravilhosa Cachaçaria
Água Doce.
De
cara fico mais ainda com dúvidas, pois vejo dois barris com cachaça, uma mais
envelhecida e outra mais nova... fortes, mas saborosas.
Mas
aos poucos vou vendo que a casa tem de tudo um pouco, ceva da boa, drinks
variados, bebidas de cola. E as comidinhas, uma melhor que a outra!
Mas
vamos conhecer um pouco da casa?
Passamos
pela entrada...
Mais
alguns barris (agora de enfeite, ou não, nunca tentei ver se tem cachaça dentro
deles... rsrsrs).
Mas
essas garrafas aí, com certeza têm coisa dentro!
O
bar...
...
e o salão dos fundos, onde inclusive ocorrem as apresentações musicais, nos
dias em que isso ocorre (miseravelmente esqueci de tirar foto lá de baixo. Sim,
eles têm uma área no subsolo, isolada e que funciona perfeitamente para fazer
aquele evento fechado com um grupo maior de pessoas, especialmente para
aniversários... já fiz isso algumas vezes e aprovo sem restrições!).
Olha que fantástico esse quadro!
Uma
pequena parte do quadro no detalhe.
E
que tal mais outra? Sim, esse quadro é magnífico!
Existe
uma sala onde a parede é decorada com esse quadro com a História da Cachaça. E
é claro, vários objetos relacionados ajudam a compor o ambiente.
Da
minha parte digo, tem se tornado um clássico ir lá e pedir o famoso morango com
champagne, que é servido em dois recipientes (copos, taças, entendam como
preferirem), um espetáculo para abrir os serviços.
Dessa
vez, no entanto, optamos por um drink clássico e outro que era novidade. Um é o
Sexo na Lua,
com tequila, groselha, licor de pêssego e laranja... tantas e tantas vezes
voltei do cinema e fui ali e pedi mais de uma vez tal drink. Ali atrás tem um
prato, mas já falo dele... rsrsrs
A
Luciana já foi de Cookies Cream, que era licor de chocolate
stock, vodka e sorvete de creme... muito gelado e saboroso, na medida. Nem
conto como a ela ficou alegre depois desse drink. Ops! Já contei... tsc, tsc
Fomos
lá com um cupom de compra coletiva, que dava direito a um Escondidinho, pedimos o de charque,
mas quem disse que quando vamos ali ficamos só nisso? Dessa vez pedimos de
acompanhamento uns camarões à milanesa (o prato que tinha
aparecido de longe na foto do drink, chegou um pouco antes do escondidinho).
E chegou
nosso escondidinho! Parece uma quantidade pequena, mas olha, é muito bem
servido.
E
esse toque de arroz e pimentinha, fecha todas!
E
os camarões... não tem como não dar certo com esses bichinhos do mar!
Mais
de pertinho:
Ahhh!!
Os magníficos guardanapos de se usar aos montes:
No
fim, estava mais do que satisfeito, pulei até as sobremesas variadas do
cardápio. E é claro, pedimos pra embalar o que sobrou do nosso pedido. Ali até
as embalagens pra levar têm estilo!
Mas
e a cachaça Maza? Resolvi pedir uma garrafa de mel de amburana para levar.
Recomendo, é do tipo de bebida bem suave no início, que lá pela metade você
começa a sentir mais o gosto, e picante, marcante ao final (como é engarrafada
na hora, saída do barril, desconsiderem o rótulo).
No
fim tudo
isso custou 120 reais (se fosse sem cupom de compra coletiva ficaria
em torno de 145 reais). Considerando que pedimos drinks e não água ou
refrigerantes que são mais baratos, que pedimos uma garrafa da “marvada” para
levar para casa e ainda, que pedimos comida para sobrar para o almoço, o custo
x benefício foi muito aceitável. E recomendo, conheçam a Água Doce, nem que seja num
happy hour, aniversário e outros... não irão se arrepender!
Filme: muito se fala do Cinema
Brasileiro e sua qualidade. Nos últimos tempos até as reclamações têm
diminuído, felizmente pelo fato de termos produções cada vez mais variadas, de
qualidade, mas também pelo fato do público estar – parcialmente – aceitando
isso e indo mais ao cinema para ver as coisas feitas aqui. Ainda é algo pequeno
perto dos filmes americanos? Óbvio que sim. Some-se a isso o fato de algumas
praças de exibição ter um público cinéfilo participante, mas que não valoriza
os filmes brasileiros, vide Porto Alegre (mas deixamos esse debate para outro
momento...). Mesmo com isso, as coisas são muito mais amenas em relação ao que
foi nos anos 90. No começo da década o excelentíssimo presidente da república,
Fernando Collor de Melo, de triste memória, sem qualquer processo
administrativo e similares, simplesmente leva ao fim da EMBRAFILME e as
produções nacionais caem praticamente para zero. Só em meados da década as
coisas começam aos poucos a melhorar, a voltar aos eixos. Mas ninguém parecia
estar preparado para o filme que marcou os anos 90 para o cinema brasileiro, um
filme que trouxe à tona o país, que atravessou o mundo ganhando dezenas de
prêmios, sendo aplaudido de pé em outros tantos festivais, e só não é mais
marcado pelo fato de um palhaço italiano e abobadinho da enchente (as palavras
são minhas, joguem pedras em mim e não na Luciana) levar o Oscar no lugar da
gente.
Central Do Brasil conta a história de Dora, escritora
de cartas, que passa os dias trabalhando na Central do Brasil. Aproveitando da
ingenuidade das pessoas, colhe os mais diversos depoimentos para supostamente
postar as mensagens nos correios. Em uma dessas cartas encontra Josué e sua
mãe, que pretende mandar uma carta para Jesus, seu pai. Quando um problema
ocorre com a mãe de Josué, Dora se envolve com o garoto, atravessando o país
para conhecer pessoalmente o pai dele.
A
obra de Walter Salles é sublime em diversos momentos, seja no cuidado das
locações, nas atuações, na sua fotografia que retrata um nordeste por vezes
massacrado pela seca e pelas precárias condições de vida daquelas pessoas que
mesmo com todas as adversidades acreditam em um dia melhor. Mesmo que se fale
das atuações dos coadjuvantes de luxo, tais como Marília Pera (uma espécie de
alívio cômico do filme, embora seja bem mais que isso), Othon Bastos, Matheus Nachtergaele e Vinícius de
Oliveira (que atuação do garoto!), é Fernanda Montenegro que destrói neste
longa. Uma personagem que muda com o passar da obra, que de pessoa amarga e
enganadora se transforma, se revela uma pessoa amável, engraçada e ainda, uma
pessoa que reencontrou alguma felicidade e riso ao lado de Josué, em um legítimo
road movie brasileiro.
A
cena final é de uma emoção como poucas vezes vimos recentemente no cinema
brasileiro, capaz de arrancar lágrimas ou ao menos deixar de olhos marejados até
aqueles que se dizem sem sentimentos. Uma obra e tanto do cinema brasileiro,
que ganhou dezenas de prêmios pelo mundo afora, que só não foi melhor ainda porque
infelizmente a maioria da população pouco ou nada sabe de Festival de Berlim,
de Cannes, Veneza e outros, o importante é o Oscar, é aquele boneco dourado. E
nesse caso, no ano que Central do Brasil concorria tinha a seu lado o apoio de
Gregory Peck e outros atores enquanto a Miramax apoiava, patrocinava Shakespeare
Apaixonado e em especial A Vida é Bela. No fim das contas todo mundo sabe o que
aconteceu, o palhaço fanfarrão do Roberto Benigni levou filme estrangeiro e
Gwyneth Paltrow melhor atriz. Em um mundo justo, Central do Brasil teria levado
fácil essas estatuetas. Uma pena e não tira o brilhantismo do filme, mas divulgaria
ainda mais o Cinema Brasileiro naquele período de quase fim dos anos 90.
Avenida
Carlos Gomes, 1581 – Petrópolis – Porto Alegre/RS
Fone:
(51) 3338 8261
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