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21/11/2013

Julie & Julia


Comecei a ler o livro Julie & Julia mais ou menos na pressão do Cinéfilo Maza, que insistia fazia semanas (ou meses?) que eu tinha que ler o livro, que eu precisava ver o filme. Na época em que o filme foi lançado (em 2009), acabei deixando passar e caiu no esquecimento (algo muito característico de minha pessoa: fico empolgada para ver nos cinemas, mas se perco, depois desanimo, esqueço, etc.).

Recentemente, depois de finalizar a leitura de Bento, do André Vianco (quem sabe um dia eu escreva sobre a saga do Bento, amo vampiros e os livros do André Vianco são fantásticos), estava sem o livro da sequência comigo e precisava ler alguma coisa antes de continuar a saga. Daí que saí de manhã para o trabalho com O Invasor, de Marçal Aquino e quando cheguei em casa de noite... tinha terminado o livro! Agora eu não tinha mais desculpas e lá fui eu de Julie & Julia!

Nas primeiras páginas começamos a conhecer Julie Powell, uma secretária frustrada com seu trabalho, e surtada com o fato de que estaria completando 30 anos. As coisas vão acontecendo e Julie decide fazer algo para mudar repentinamente sua vida – ao menos por um tempo, era seu pensamento – e o resultado é o Projeto Julie & Julia.

De posse do livro de culinária de sua mãe, que lia desde criança, o Mastering the Art of French Cooking de Julia Child – de quem Julie sempre gostou – Julie resolve se propor um desafio: cozinhar as 524 receitas do livro em 365 dias. E ainda criou um blog para contar às suas possíveis leitoras o seu progresso no projeto. Os posts em si do projeto não estão mais acessíveis, mas o blog dela você pode conferir aqui.


Essa é a Julie Powell da vida real.


É claro que este projeto maluco iria colocar não só sua sanidade em risco, como também seu emprego, e principalmente seu casamento. Foram muitos, mas muitos tropeços nas receitas, principalmente nas que diziam respeito à Aspics – algo gelatinoso feito de tutano de boi e com algo dentro, como ovos por exemplo. Por falar em ovos, Julie nunca havia posto um ovo na boca até iniciar o projeto e chegar ao capítulo de ovos do livro.

No filme de Nora Ephron temos uma inspirada atuação de Amy Adams como Julie, e uma cena que destaco é onde ela precisa virar uma “assassina de lagostas” e entra em surto por causa disso (seria um exagero o surto dela? Não sei, nunca precisei assassinar lagostas, mas talvez tivesse a mesma reação...).


Uma receita que me agrada muito é a do boeuf bourguignon, uma das receitas mais conhecidas de Julia Child, que ela preparou em seu primeiro programa de televisão, e que Julie, no filme, arrisca a receita para um jantar especial. Um dia pretendo me aventurar nessa receita também.


Enquanto eu não me arrisco, vamos assistir ao vídeo de Julia fazendo o prato.


Julia Child foi interpretada com total dedicação por Meryl Streep em Julie & Julia, filme que gostei muito e que me inspirou a ler mais sobre Julia Child. A única coisa que me incomodou no filme foi o fato de Julia praticamente só falar inglês. Na vida real ela se obrigava a falar quase que só francês, inclusive fazia aulas para tal. Afinal, ela estava na França. E amava a França.


O segundo livro que li – pois soube que o filme havia sido baseado nesse livro também – foi Minha Vida na França, memórias de Julia Child e Paul Child ditadas por ela em seu último ano de sua vida, ao seu neto Alex Prud’homme, que organizou e compôs o livro. O livro é fruto de conversas e passeios entre Julia e Alex, em que ele lia cartas antigas dela e de Paul e a instigava a contar suas “aventuras”. O livro é fascinante, conta a história de grande parte da vida de Julia e de Paul, como Julia se tornou uma das gourmands e abriu a escola onde deu aula, e principalmente, o passo-a-passo da escrita do Mastering the Art of French Cooking, com coautoria de Simone Beck e Louisette Bertholle. Esse eu ainda não tenho, mas quem sabe um dia...

Assistir ao filme depois de ler esses dois livros foi uma experiência curiosa, e que felizmente não interferiu no meu julgamento. Ambos os livros são fantásticos, apesar de eu achar o Minha Vida na França muito mais fascinante. O filme intercala a vida das duas, de Julie e de Julia de forma a se complementarem, apesar da distância temporal que há nos eventos.


Depois das leituras e de ter visto o filme, acabei pesquisando mais sobre Julia Child e comprei mais um livro dela, mas dessa vez de receitas. Adoro cozinhar e acho a culinária francesa um campo a ser descoberto.


Acabei escolhendo para este post uma receita mais prática e bem saborosa, o famoso bolo de chocolate com amêndoas laminadas que rende uma bela cena no filme, quando Julie e seu marido Eric comem o bolo direto no prato, sem tempo para cortá-lo em fatias. O Maza foi minha cobaia e disse que o bolo ficou tri bom, mas ficaremos devendo a foto do “ataque ao bolo” por motivos de o bolo não ter resistido inteiro tempo suficiente para programarmos a máquina para tirar nossa foto... rsrs

Aqui a foto do meu bolo (ok, meio tortinho, mas está valendo).


E aqui a foto do bolo no filme. Ah, vai dizer, ficou parecido sim rsrsrs


Por falar em parecido, comparem as duas fotos a seguir e vejam que fantástica direção de arte teve Julie & Julia!

A cozinha original de Julia Child, exposta no National Museum of American History.


E aqui a cozinha de Julia no filme.


Por fim, devo dizer que a história de Julia é realmente fascinante e a sua “vida na França” é contada com tantos detalhes no livro que é quase possível sentir o aroma de algumas das refeições preparadas. Eu me fascinei por elas – Julia e a sua história. Quanto à Julie? É uma mulher igualmente incrível, que arriscou tudo para ter algo que valesse a pena em um momento em que nada fazia sentido, e que fizesse com que sua vida tomasse um novo rumo. Ela teve sucesso, publicou o livro Julie & Julia e ainda mais um ou dois livros depois dele.

Bon appétit!

2 comentários:

  1. Gostei muito, muito mesmo de "Julie & Julia". Nora Ephron não poderia ter partido sem nos deixar um filme ainda melhor. No entanto, o que realmente valeu para mim foi a história de Julie Powell. Sim, Julia Child a inspirou e há momentos de grande ternura liderados pela personagem, mas o fato de Julie ser uma mulher que espelha as frustrações contemporâneas (o emprego mantido no automático, a vontade de fazer algo que a mantenha viva) me pegou de jeito. E que bacana ver que o filme (e, claro, os livros) a inspiraram de algum modo. Mesmo tendo um péssimo paladar, até arriscaria fazer alguma sobremesa.

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  2. Estou na busca incessante por mais receitas!!! eu quero essa do bolo, e das tortinhas sei la torradas passadas na manteiga!!!! adorei o post muito legal mesmo!!!

    http://dany-vivendoavida.blogspot.com.br/

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