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Orgulho!
Dizem
os estudiosos e entendidos, que na vida precisamos ter metas. As minhas eram:
ver um show do U2 e um dos Stones (já vi dois do primeiro e um do segundo).
Depois era quem sabe escrever um bom texto sobre algum filme (escrevi algumas
coisas no mínimo decentes... se tivesse que escolher um, ficaria com Django
Livre, que pode ser lido aqui ou aqui. Eu ainda diria que se tivesse que escolher,
ficaria com o primeiro link, pois além de Django, tem a dica de um italiano top
na cidade... rsrs). Mas antes de tudo isso eu pensava: quero participar de
algum filme, de uma obra. Mas não de um que fique só nos arquivos da família,
os famosos vídeos caseiros. Queria algo que tivesse lá seu cuidado, uma
história, atuações, seu início, meio e fim. Se ele concorresse a algo já seria
lucro. Meu objetivo sempre foi o mais simplório possível, queria ser um
figurante de 1 segundo em cena e fim, já estaria feliz. Mesmo imaginando essa
situação por longos períodos, nunca imaginei que participaria de uma produção
feita com esmero, com raça, com orçamento e tempo apertados e que ainda assim
sairia um resultado acima da média: assim é O Matador de Bagé.
No
curta dirigido pelo estreante Felipe Iesbick (que já havia trabalhado com
clipes anteriormente, vide o da música “Foi Capricho meu”, da Banda Tequila
Baby) observamos a história de Assis (interpretado por João França), matador
profissional, líder na sua profissão há 15 anos, sempre o número um em Porto
Alegre. Mas eis que chega Assunção (Marcello Crawshaw), para desbancar a
supremacia de Assis. E a partir disso veremos os desdobramentos dessa rixa que
se criou a partir desse momento.
Em
se tratando de uma história envolvendo matadores, não poderíamos esperar nada
menos do que violência. Ela existe, das mais variadas maneiras e em diversos
momentos. Mas ao contrário de ser um filme em que a morte surge como palco para
a tensão contínua, as mortes aqui são apenas para descrever a maneira do
trabalho de Assis, seu ganha pão, seu modus operandi, por assim dizer. O roteiro escrito pelo próprio diretor também
consegue, no pequeno tempo de história, descrever pontos de personagens
fundamentais para a trama, tais como a dos próprios matadores Assis e Assunção,
como também de Júlia (Elena Schuck), que tem sua vida diretamente ligada ao
passado de Assis (na verdade o tempo se mistura aqui, passado, presente e
futuro de Júlia estão intrínsecos à carreira de Assis).
Por
mais que a história funcione de forma isolada, é inegável que para cinéfilos ou
os mais aficionados pela Sétima Arte, o mais divertido e empolgante é observar
cada referência, cada homenagem que Iesbick traça para seus grandes ídolos. Ver
Assis observando Christopher Walken e principalmente, observando um grandioso
pôster de Stallone em sua casa, Stallone é a edificação, é quem sabe o sonho
maior de Assis, de quem sabe um dia ser tão fodão quanto (ou, em uma outra
releitura, quem sabe o Garanhão Italiano ser tão phoderoso quanto Assis). Em um
dos momentos de um dos ‘matadores em ação’, não tive como não lembrar
imediatamente de Taxi Driver e seu ato final, entre outras referências que vão
de Tarantino a Godard.
Com
clímax filmado pelas ruas do centro de Porto Alegre, com enquadramentos que
remetem diretamente a westerns clássicos de Sérgio Leone, O Matador de Bagé é um curta que
mostra desde já o talento do diretor e roteirista Felipe Iesbick para com o
cinema: que venham os próximos projetos!
P.S.: não paguei a conta no
bar... se tivermos a continuação do ‘matador’, certamente serei um alvo fácil,
mas enfim, já fui em show do U2 e Stones, escrevi um texto sobre um filme do
Tarantino, já fiz papel de figurante no cinema: Assis, Assunção e seja lá qual
matador profissional esteja lendo esse texto: estou preparado para pagar pelos
meus atos!
OBSERVAÇÃO FINAL: com alguns filmes,
especialmente com alguns diretores, não tenho vergonha alguma de fazer um texto
parcial, praticamente só exaltando as virtudes da obra que vi. Não sou crítico
de cinema, teria muito que evoluir para chegar a ser um. Enquanto isso sigo
escrevendo do meu jeito, de forma despretensiosa, muitas vezes sem nexo e
sentido, palavras ao vento. Uns gostam, outros não... e segue a vida, com
o texto acima sendo devidamente patrocinado por: orgulho!
Atualização 12/08/13:
E O Matador de Bagé faturou 3 prêmios no Festival de Cinema de Gramado: Melhor Música (Frank Jorge), Melhor Ator (João França) e Melhor Filme... parabéns Felipe e equipe, parabéns a todos os envolvidos!
Atualização 12/08/13:
E O Matador de Bagé faturou 3 prêmios no Festival de Cinema de Gramado: Melhor Música (Frank Jorge), Melhor Ator (João França) e Melhor Filme... parabéns Felipe e equipe, parabéns a todos os envolvidos!
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