Mesmo
que tenhamos aqueles locais que seguidamente estamos indo, temos esse costume
de tentar sempre que possível conhecer novos lugares, pois a ideia é sempre
trazer algo interessante para nossos leitores. E não só novos lugares, como
também novas culinárias. E eis que depois de tantas outras, chega a vez da
cozinha polonesa com o Polska Restauracja.
O
local abre 19h e logo depois já estávamos chegando por ali, tinha ainda
inclusive um carro na garagem, que fez com que passássemos ali naquele cantinho
entre o suporte do toldo e o carro. E vocês sabem que esses cinéfilos aqui não
são magrinhos... hehe tarefa árdua!
Na
entrada temos essas confortáveis cadeiras, onde o cliente pode aguardar por sua
mesa, ou pelo táxi ao final. E ao lado a escada que dá acesso ao salão, algo
que acho diferente e interessante, estilo o Sharin, em que o salão fica no
andar superior somente.
Chegamos
e o salão ainda estava vazio, e continuou assim por um bom tempo. Acho que com
o horário de verão o pessoal sai pra jantar mais tarde, melhor pra nós que
pegamos restaurantes vazios. É o que há!
E
vamos lá, mais fotos!
Essas
bonecas chamaram minha atenção pra valer.
E
essas também!
Uns
enfeites bem interessantes esses “ovos”!
Esses
também, porém eles eram um pouco menores.
Ali
em cima as placas dos prêmios do Guia Quatro Rodas.
Ok,
já vamos comer... hehe mas preciso antes mostrar esse espelho maravilhoso que
havia quase ao lado da nossa mesa.
E
vamos ao cardápio, onde conta um pouco da história do local e seus donos.
Fizemos
nossos pedidos e ficamos espiando um pouco mais o cardápio. Eles têm um serviço
chamado Mesa
Polonesa, onde vários itens estão inclusos no “rodízio”. Bem
interessante, ficou de dica para a próxima visita.
Quando
terminaram de montar a mesa das sopas fui lá espiar, vontade não me faltou de
me atirar a elas, mas os pratos que pedimos eram de respeito também... hehe
Pedimos uma entrada e um
prato principal, que chegaram juntos, mesmo que tenhamos solicitado que viessem
em tempos diferentes.
A
entrada, Knedle
– bolinha de batata recheada com ameixa preta. Acreditem, estava
muito saboroso. A massa era uniforme, não grudava, salgadinha na medida em
contraste com o adocicado da ameixa, e era macia até não poder mais.
E
recheada na proporção exata!
O
prato principal era Kotlet z Drobiu – discos de frango a milanesa
acompanhados de batatas cozidas e molho de mostarda. Uma visão dos
deuses. E esse enfeite com as pimentinhas dá um toque especial. Ah, essa
travessa estava com as 2 porções juntas.
Bastante
molho de mostarda!
Agora
o seguinte, pensamos assim: experimentamos uma sobremesa ou partimos para um
segundo prato? Algo que é super indicado pela casa... bom, acabamos é claro
partindo para um segundo prato e deixamos a sobremesa repousar em outras bandas
esse dia.
Pedimos
a Placek pó
Cygansku – uma panqueca de batatas recheada com goulash. Gente,
vocês não têm noção da delícia que era e do quão recheada vinha a panqueca. Dá
uma espiada na foto!
E
se vocês pensaram que deixaríamos sobrar algo, estão redondamente enganados...
hehe prato vazio! Mas é aquilo, sobremesa? Fica pra próxima!
Saímos
dali super satisfeitos e desembolsamos um total em torno de 70 reais, incluindo o
cupom de compra coletiva (sem cupom ficaria na faixa dos 85 reais). O
Polska é um local que com certeza pretendemos voltar, pois ficamos
(principalmente eu) na vontade de experimentar a Mesa Polonesa.
E
dessa vez resolvemos mostrar pra vocês quem nos leva pra casa depois de
jantaremos fartos como esse... rsrsrs com vocês... !
Agora
deixo o Maza falar sobre o filme!
Alguns
filmes não precisam de maiores informações, quanto menos, melhor. Esses mesmos
filmes acabam se mostrando uma experiência no mínimo diferenciada, pois nada é
deixado explícito na tela, as interpretações poderão ser as mais variadas. Um
desses casos é o filme A Dupla Vida de Véronique, do polonês Krzysztof
Kieslowski.
No
filme observamos as histórias paralelas de Véronique e Weronika. Uma nascida na
Polônia, outra na França, ambas no final da década de 60. Não se conhecem, mas
de uma forma ou de outra possuem ligações, sejam pelas características do dia a
dia (ambas cantam em corais), pela semelhança física e outros. Mas afinal, a
decisão de uma estaria de alguma forma conectada à decisão da outra, sem mesmo
se conhecerem?
Kieslowski
não foi um diretor do tipo ‘deixar tudo mastigado para o público’ e isso era
maravilhoso e constante em boa parte de seus filmes. Cada um poderia ter sua
análise de determinada obra. Em A Dupla Vida de Véronique, podemos reparar a
utilização de uma lenda germânica, a do doppelgänger. Nela, existe a história
de que todos os seres humanos possuem um ser idêntico a si em algum lugar do
planeta, e que de alguma forma o que um sofrer o outro pode não passar pela
mesma situação, pois o duplo pode optar por seguir outro caminho, e nesse caso
‘driblar’ os acontecimentos.
Ser ou não ser, realidade
ou ilusão, livre arbítrio ou apenas marionetes de um destino já traçado, A Dupla Vida de
Véronique traz esse sentimento, essa necessidade de cada um analisar
a obra à sua maneira, uns através dos simbolismos, outros através da história
de vida de Véronique e Weronika (ambas interpretadas pela talentosa e belíssima
Irène Jacob), e ainda haverá aquele público que não entenderá nada do filme.
Não importa. A única certeza é que ninguém fica indiferente aos filmes do
polonês Krzysztof Kieslowski e com A Dupla Vida de Véronique é um dos mais
exemplares casos de sua obra, de sutilezas, de enigmas do ser humano e de seus
mistérios.
Rua
João Guimarães, 377 – Santa Cecília – Porto Alegre/RS
Fone:
(51) 3333 2589
Horário
de funcionamento: 3ª a sábado das 19h às 24h e domingos das 12h às 15h
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