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04/04/2012

Constantino Café - Um local com estilo próprio



Ir a um local com expectativas é sempre perigoso: a decepção pode ser grande. Já tinha lido muito a respeito do Constantino Café, desde a localização, ambiente, pratos, todos sempre muitíssimo elogiosos. Logo, era questão de tempo até conhecer o local. E senhoras e senhores, que espetáculo de local!


Localizado ao fim da Rua Fernando Gomes (cof cof, Calçada da Fama, cof cof), o local tem seu nome identificado em meio uma vegetação verde e bem bonita. Adentrando ao local percebemos que são dois tipos de ambientes, os na rua e os dentro da casa. Na rua você poderá curtir o jardim, o ambiente natural e tudo mais. Até pensamos em ficar ali, mas a Lu tem forte alergia a insetos que em menos de 2 minutos os mosquitos já tinham feito várias picadas nela. A solução foi irmos para a parte de dentro da casa. Talvez nisso o único “pecadilho” da noite: o garçom em um primeiro momento não aceitou muito bem nosso pedido, tentou desconversar, que eram inevitáveis os mosquitos, etc. Mas, passado isso, ficamos em um local mais calmo, praticamente só nosso durante toda a noite, em um cantinho com um condicionador de ar na medida. E mal sentamos e começou a tocar U2 ao fundo... Não tem como dar errado assim!



Pouco depois de nos acomodarmos a funcionária Michele veio logo acendendo a pequena vela em nossa mesa, dando um charme ainda mais especial ao local.


Bom, hora de começar os trabalhos, não...?

De entrada, as famosas panelinhas Le Creuset, sempre lindas, impecáveis, únicas. Optamos por uma de cogumelos e alho-poró... E com pãezinhos extras! Que pães, que pães! Não apenas tendo suas beiradas crocantes, mas o resto era algo macio e desmanchava a cada mordida, poderia comer puro, mais e mais porções extras. E a panelinha... hummm... É difícil descrever a delícia da entrada: cremosa, quentíssima, para comer de pé, sentado, ajoelhado...

Antes, sob vários ângulos...





E depois...


O importante era não sobrar nada, e pelo visto, não sobrou... Ou melhor, na próxima vez deixaremos um pedaço de pão para limpar ainda mais a panelinha!

Os pães maravilhosos...




Em meio a tudo isso, um vinho escolhido a dedo na humilde adega do Maza, um Graffigna Syrah 2003. Um vinho encorpado, de um vermelho rubi intenso, aroma de início mais forte e depois levemente frutado, marcante de boca, mas não em excesso, o suficiente para ficarmos com aquele sabor por mais alguns instantes. O líquido “dançava” na taça, tamanha a sua leveza.



Para prato principal optei pelo curioso Camarão grelhado em ramo de alecrim, e arroz Thai Jasmim com ervas.



E a Lu pela Picanha de cordeiro grelhada, com batatinhas, cogumelos e aspargos.



Até esse momento nosso atendimento estava de acordo com o local, ótimo. Mas a atenciosa Michele parou de nos atender e apareceu o Jeferson. O cara foi 100, 1000%. Simpatia em pessoa, ágil, sempre prestativo com nossas perguntas e sempre com um sorriso sincero, motivador... Perfeito o atendimento!


Sobre os pratos, o arroz estava suave, bem servido, funcionava muito bem com os camarões, que vinham em um espetinho. Até mesmo o “rabinho” do camarão estava impecável, crocante. A respeito da picanha, a Lu achou macia, ao ponto e com um sabor ainda mais incrível quando associada aos complementos do prato. Os pratos foram devidamente limpos, pouco sobrou no da Lu ...



...e no do Maza só o palitinho, o alecrim e um rabinho de camarão...


Oops, nem mais o rabinho do camarão!


Mas, uma noite assim nunca será completa sem uma sobremesa a altura. O escolhido foi o crepe de Nutella com sorvete de creme e calda de Nutella. O mundo poderia acabar naquele instante que a visão daquele prato ficaria congelado eternamente em nossas retinas... O crepe mergulhado na calda, levemente salpicado por açúcar de confeiteiro – que inclusive dava um toque refinado também ao prato, por estar salpicado nas bordas – o sorvete, e ainda o raminho de hortelã para o toque final. Esplêndido!



Não sobrou nada!


A Lu, como boa viciada em café, não poderia ir embora sem provar o café da casa: segundo ela, um expresso encorpado, na temperatura exata e ainda com aquela famosa espuminha que dá um algo a mais ao café.


A conta chegou, em torno de 100 reais por pessoa, pouco mais pouco menos, como fica claro na nota final. Considerando tudo que nos foi oferecido, saiu com um custo x beneficio mais do que aceitável, adequado e que valeu a pena, MUITO MESMO.


Fomos embora satisfeitos feito crianças dos anos 80 que ficavam na frente da TV comendo saco gigante de milhopã, tomando minuano limão e vendo desenhos dos Smurfs, tal como o desenho na entrada da casa. Já imaginando o que pedir e quando iremos retornar ao maravilhoso Constantino Café, TOP 5 entre as noites gastronômicas de nossas vidas.


E já que falamos de U2 (Whith or Without You, no caso), fechar um post de um excelente local com um filme de minha banda predileta... Entendo como apropriado. Cd’s aos montes, dvd’s os mais variados, 2 shows no currículo (o último deles você encontra aqui um relato breve e direto), sempre que surge um novo trabalho envolvendo a banda irlandesa carrega um misto de expectativa e certa tensão. Expectativa pela obviedade de escutar algo novo ou clássico, novos hit’s por assim dizer. E tensão... Será que vale a pena um novo trabalho envolvendo a banda, não seria um caça-níquel? Felizmente o documentário From the Sky Down está longe de ser um filme descartável. A mais recente obra de Davis Guggenheim (diretor de Uma Verdade Inconveniente, Esperando o Super-Homem, entre outros), mais do que abordar a criação do álbum Achtung Baby, de 1991, traz à tona uma retrospectiva do que era a banda do momento, da sua ascensão com o arrebatador Joshua Tree, e a incerteza com o resultado de Ratle and Hum. É interessante ver a banda escancarar o que passava naquele período, as dificuldades que cada integrante enfrentava. E mais do que isso, é empolgante ver a banda finalmente assumir seu lado mais artístico e pirotécnico nas turnês, e tudo começou com ZooTv (apenas uma pena que o filme mostre isso mas de forma breve, poderia ter explorado mais esse ponto). No final das contas, From the Sky Down é um documentário que funciona muito mais para os fãs da banda do que para o público geral, embora possa ser assistido por todos os públicos, mas para os fãs da banda em especial, é extasiante ver que a banda está longe de largar a rotina de novos sons, shows e álbuns. Nada mal para uma banda com mais de 35 anos de carreira e que faz com que este que vos escreve reafirme o que escreveu, lá no final do texto do show de 2011: esses malditos irlandeses sabem das coisas.





Rua Fernando Gomes, 44 - Moinhos de Vento - Porto Alegre
Fone (51) 3346 8589
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